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O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), criticou, nesta segunda-feira (11), os ataques feitos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e aliados por meio de redes sociais contra o jornal “O Estado de S. Paulo” e outros veículos de comunicação. Para o dirigente, os órgãos de representação da imprensa deveriam tomar uma posição repudiando a postura do chefe do Executivo brasileiro.
“O presidente Bolsonaro tenta imitar [Donald] Trump usando o twitter como uma comunicação paraoficial e, nesse último episódio, querer agredir a imprensa. Agredir, inclusive, com ações que estão sendo contestadas como se fosse uma grande armação. Acho que os órgãos de representação dos jornalistas e da imprensa como um todo deveriam tomar uma posição”, cobrou.
Liberdade de imprensa
Freire destacou que o PPS sempre se posicionará pela liberdade de imprensa por ser fundamental a qualquer democracia. Ele lembrou que o partido foi contrário(veja aqui) a tentativa do governo Lula de expulsar o jornalista Larry Rohter , do “New York Times”, por publicar matéria critica ao lulopetismo.
“Essa nossa posição não é porque é o Bolsonaro. É na defesa da liberdade de imprensa, fundamental numa democracia. Da mesma forma que fizemos, com nota oficial, contra o absurdo que era a tentativa de Lula em expulsar alguém por não ter gostado de uma matéria critica”, lembrou.
“Mimetismo”
Roberto Freire afirmou que o País precisa estar atento aos seus interesses e criticou o “mimetismo” que Bolsonaro tem em relação ao presidente dos EUA, Donald Trump.
“O mimetismo que o presidente Bolsonaro tem em relação a Trump o leva, até mesmo por sua capacitação pessoal, a comentar vários despautérios. Os EUA é uma potência mundial e Trump pode enfrentar o que bem entender em termos de política externa. Até de forma descabida e absurda com intervenções militares. Mas o Brasil não. O Brasil tem que estar muito atento àquilo que é de seu interesse. Não pode imaginar que tem papel internacional no mesmo quilate dos EUA e demais potencias. Tem que entender o interesse nacional nesse mundo que aí está. Infelizmente isso não está existindo devido esse mimetismo”, afirmou.
Reação
O presidente do PPS disse que o País precisa reagir as situações causadas por Bolsonaro em comentários feitos em redes sociais e criticou novamente o confronto do presidente contra a imprensa brasileira.
“O País tem que reagir. Não pode aceitar isso. Tem um general da guarda pretoriana do presidente que diz que não pode deixar o Bolsonaro sozinho com seu twitter, porque a qualquer momento é surpreendido com coisas desse tipo. Mal saiu do epicentro de uma grande polêmica por conta do vídeo obsceno e pornográfico (veja aqui), que foi uma insensatez e um despautério completo, e já entra em outra com maior gravidade. Até porque é uma briga deliberada contra a imprensa. Uma busca deliberada de querer desmoralizar e confrontar a imprensa”, disse.
Nova polêmica
A nova polêmica surgiu após Jair Bolsonaro atacar, por meio do Twitter, o jornal “O Estado de S. Paulo” (veja aqui) e demais veículos de imprensa devido a uma notícia publicada por site conservador que teria acusado uma jornalista do periódico de ter a intenção de arruinar Flávio Bolsonaro e o governo. Segundo o jornal, a suposta declaração foi publicada fora do contexto e surgiu de uma entrevista da profissional para um estudante estrangeiro.
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