Villas-Bôas Corrêa
DEU NO JORNAL DO BRASIL
Nunca a modesta sentença do presidente Lula, ao se autocondecorar com a afirmação categórica de que "agora eu conheço o mundo e o mundo me conhece" foi mais facilmente comprovada do que com impressionante estatística do seu recorde de horas de vôo e, isto quando ainda faltam dois anos e 48 dias para o fim do seu segundo mandato.
É um fantástico devorador de quilômetros nas asas do Aerolula e que promete inflar até a passagem da faixa presidencial para o seu sucessor ou a sucessora da sua atual preferência.
Até sábado próximo, quando deverá estar nos Estados Unidos, nosso presidente-voador completará a 21ª viagem por 25 paises. Para se saber ao certo por que terras e ares anda o presidente é necessário consultar a sua agenda.
Neste ano, Lula passou 62 dias no exterior. De volta dos Estados Unidos, dedicará alguns dias às viagens domésticas, antes do pulo a Venezuela, previsto para 28 de novembro.
O recorde de 2007 de meio milhar de horas de vôo em visitas a 29 paises durante 132 dias em que não foi visto no Palácio do Planalto pode ser batido neste tormentoso ano de crise internacional, a reclamar a sua atenção e os seus conselhos.
Com a média de duas viagens domésticas por semana e a popularidade nas alturas de mais de 60% de aprovação na média das pesquisas, o presidente não apenas pode continuar a cumprir a sua agenda de viagens, deixando a administração entregue à confiável ministra Dilma Rousseff, chefe do Gabinete Civil – a sua candidata na fase delicada do teste da viabilidade política.
A reunião de 20 ministros das finanças e representantes de bancos centrais no último fim de semana, em São Paulo, para acertar os ponteiros para o decisivo encontro dos líderes mundiais a partir de sábado próximo, em Washington, quando se espera o debate sobre a crise financeira global alimenta expectativas de esperança com as nuvens de apreensão.
Analistas econômicos de todo o mundo enfatizam a óbvia importância de um esforço das lideranças mundiais para a busca de saídas que aliviem as angústias, que são partilhadas pela população de todos os países.
Os emergentes, mais diretamente castigados com os cortes nos planos de desenvolvimento, anteciparam o recado que será a tônica das reivindicações na reunião na capital dos Estados Unidos.
A expectativa no nosso país é aquecida pela tensão crescente com a sucessão de Lula, que arranha a porta pedindo passagem. A crise chega com características diversas, no governo e na oposição.
Para o presidente, o desafio em doses duplas coloca a candidatura da ministra Dilma Rousseff no centro da fogueira. O clima mudou da noite para o dia. O que parecia resolvido de véspera, com grande antecedência, abre passagem para reclamar, com pressa, ainda sem a aflição da urgência, a firme liderança de Lula.
Nem o Partido dos Trabalhadores tenta tampar o sol com a peneira do despistamento. O PT submisso e acomodado dá mostra de impaciência, com a volta ao palco de candidaturas que renascem das cinzas.
A ministra Dilma terá a sua sorte decidida até meados do próximo ano. E é para já. Nenhuma pesquisa, do chorrilho que inundará este fim de ano para o dilúvio de 2009, deixará de incluir a candidata do presidente na lista dos presidenciáveis. E se ela não tiver fôlego para subir a escada e chegar aos dois dígitos, Lula e o PT enfrentarão o desafio de inventar outro candidato.
No caso, trata-se mesmo de inventar: o PT não tem outro nome para tapar o rombo. E a fragilidade do governo atiçará as ambições do outro lado oposicionista, que são muitas, com límpida vantagem, no momento, do governador de São Paulo, José Serra.
DEU NO JORNAL DO BRASIL
Nunca a modesta sentença do presidente Lula, ao se autocondecorar com a afirmação categórica de que "agora eu conheço o mundo e o mundo me conhece" foi mais facilmente comprovada do que com impressionante estatística do seu recorde de horas de vôo e, isto quando ainda faltam dois anos e 48 dias para o fim do seu segundo mandato.
É um fantástico devorador de quilômetros nas asas do Aerolula e que promete inflar até a passagem da faixa presidencial para o seu sucessor ou a sucessora da sua atual preferência.
Até sábado próximo, quando deverá estar nos Estados Unidos, nosso presidente-voador completará a 21ª viagem por 25 paises. Para se saber ao certo por que terras e ares anda o presidente é necessário consultar a sua agenda.
Neste ano, Lula passou 62 dias no exterior. De volta dos Estados Unidos, dedicará alguns dias às viagens domésticas, antes do pulo a Venezuela, previsto para 28 de novembro.
O recorde de 2007 de meio milhar de horas de vôo em visitas a 29 paises durante 132 dias em que não foi visto no Palácio do Planalto pode ser batido neste tormentoso ano de crise internacional, a reclamar a sua atenção e os seus conselhos.
Com a média de duas viagens domésticas por semana e a popularidade nas alturas de mais de 60% de aprovação na média das pesquisas, o presidente não apenas pode continuar a cumprir a sua agenda de viagens, deixando a administração entregue à confiável ministra Dilma Rousseff, chefe do Gabinete Civil – a sua candidata na fase delicada do teste da viabilidade política.
A reunião de 20 ministros das finanças e representantes de bancos centrais no último fim de semana, em São Paulo, para acertar os ponteiros para o decisivo encontro dos líderes mundiais a partir de sábado próximo, em Washington, quando se espera o debate sobre a crise financeira global alimenta expectativas de esperança com as nuvens de apreensão.
Analistas econômicos de todo o mundo enfatizam a óbvia importância de um esforço das lideranças mundiais para a busca de saídas que aliviem as angústias, que são partilhadas pela população de todos os países.
Os emergentes, mais diretamente castigados com os cortes nos planos de desenvolvimento, anteciparam o recado que será a tônica das reivindicações na reunião na capital dos Estados Unidos.
A expectativa no nosso país é aquecida pela tensão crescente com a sucessão de Lula, que arranha a porta pedindo passagem. A crise chega com características diversas, no governo e na oposição.
Para o presidente, o desafio em doses duplas coloca a candidatura da ministra Dilma Rousseff no centro da fogueira. O clima mudou da noite para o dia. O que parecia resolvido de véspera, com grande antecedência, abre passagem para reclamar, com pressa, ainda sem a aflição da urgência, a firme liderança de Lula.
Nem o Partido dos Trabalhadores tenta tampar o sol com a peneira do despistamento. O PT submisso e acomodado dá mostra de impaciência, com a volta ao palco de candidaturas que renascem das cinzas.
A ministra Dilma terá a sua sorte decidida até meados do próximo ano. E é para já. Nenhuma pesquisa, do chorrilho que inundará este fim de ano para o dilúvio de 2009, deixará de incluir a candidata do presidente na lista dos presidenciáveis. E se ela não tiver fôlego para subir a escada e chegar aos dois dígitos, Lula e o PT enfrentarão o desafio de inventar outro candidato.
No caso, trata-se mesmo de inventar: o PT não tem outro nome para tapar o rombo. E a fragilidade do governo atiçará as ambições do outro lado oposicionista, que são muitas, com límpida vantagem, no momento, do governador de São Paulo, José Serra.
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