DEU NA FOLHA DE S. PAULO
PSDB afirma que momento agora é de formar palanques estaduais fortes, não de anunciar a candidatura presidencial
Pré-candidato, Serra tem se queixado da falta de ajuda na montagem de palanques sólidos; sigla não conta com candidatos no CE e no AM
O PSDB se reuniu ontem para buscar um discurso neste ano eleitoral. Os tucanos fizeram a primeira reunião da bancada de deputados federais.
O partido e seus principais aliados (DEM e PPS) também dizem que o momento agora é de consolidar os palanques estaduais e não de anunciar o candidato à Presidência, apesar de essa posição gerar controvérsia entre parlamentares.
Segundo participantes da reunião da bancada, houve debate sobre o melhor momento para oficializar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, que mantém sua estratégia de postergar o anúncio.
Serra afirmou ontem, em Itu, ao ser questionado sobre as pesquisas, que "não fala de política". "Estou aqui como governador, trabalhando."
Em conversas, ele tem se queixado da falta de cooperação dos tucanos na montagem de palanques sólidos. O PSDB não conta com candidatos no Ceará e no Amazonas.
No Rio Grande do Sul, a insistência da governadora, Yeda Crusius, em disputar a reeleição dificulta um acordo com o PMDB já no primeiro turno.
No Paraná, a candidatura do prefeito Beto Richa inviabiliza um acordo com o senador Osmar Dias (PDT), que poderia debilitar o palanque de Dilma no Estado. O PSDB do Paraná tem uma reunião programada para semana que vem, mas tucanos duvidam que o partido abra mão de candidatura de Richa em favor de Osmar Dias.
Em conversas, Serra também tem se queixado da falta de organização do partido.
Discurso
"A bancada precisa ter um discurso mais unificado e repetitivo. Vamos tocar nos pontos principais, como o aparelhamento do Estado, defesa das nossas conquistas, da democracia", disse o líder do PSDB na Câmara, João Almeida.
A reunião ocorreu um dia depois da divulgação da pesquisa CNT/Sensus, que apontou que, com o deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa à Presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) encosta em Serra.
Neste cenário, Serra recebeu 33,2% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 27,8%, e por Ciro, com 11,9%.
Tucanos e aliados dizem que Serra herdará mais votos de Ciro do que Dilma, caso o candidato do PSB desista da disputa.
"O resultado não foi consistente com resultados de outros institutos. É absolutamente previsível que candidata do presidente e do PT cresça, ainda mais com uma campanha antecipada que desrespeita a lei", afirmou o presidente do PSDB, senador Sergio Guerra.
"O governador de São Paulo está absolutamente aplicado para atuar por São Paulo. Isso é sincero e factual. Nossa conduta é de respeitar a lei."
Guerra afirmou que o momento agora é de fortalecer palanques estaduais "verdadeiros", que realmente atuem na campanha presidencial, ao contrário de alguns casos ocorridos em 2006 e 2002.
Antigo defensor da antecipação da candidatura presidencial da oposição, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, agora defende o mês de março.
"Estamos no caminho certo, tratando dos palanques estaduais", afirmou. "Eu discordei da estratégia [de não anunciar a candidatura] lá atrás , mas hoje acho que não havia estratégia possível para combater tamanho desrespeito à lei", disse.
(Fernando Barros De Mello e Catia Seabra)
PSDB afirma que momento agora é de formar palanques estaduais fortes, não de anunciar a candidatura presidencial
Pré-candidato, Serra tem se queixado da falta de ajuda na montagem de palanques sólidos; sigla não conta com candidatos no CE e no AM
O PSDB se reuniu ontem para buscar um discurso neste ano eleitoral. Os tucanos fizeram a primeira reunião da bancada de deputados federais.
O partido e seus principais aliados (DEM e PPS) também dizem que o momento agora é de consolidar os palanques estaduais e não de anunciar o candidato à Presidência, apesar de essa posição gerar controvérsia entre parlamentares.
Segundo participantes da reunião da bancada, houve debate sobre o melhor momento para oficializar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, que mantém sua estratégia de postergar o anúncio.
Serra afirmou ontem, em Itu, ao ser questionado sobre as pesquisas, que "não fala de política". "Estou aqui como governador, trabalhando."
Em conversas, ele tem se queixado da falta de cooperação dos tucanos na montagem de palanques sólidos. O PSDB não conta com candidatos no Ceará e no Amazonas.
No Rio Grande do Sul, a insistência da governadora, Yeda Crusius, em disputar a reeleição dificulta um acordo com o PMDB já no primeiro turno.
No Paraná, a candidatura do prefeito Beto Richa inviabiliza um acordo com o senador Osmar Dias (PDT), que poderia debilitar o palanque de Dilma no Estado. O PSDB do Paraná tem uma reunião programada para semana que vem, mas tucanos duvidam que o partido abra mão de candidatura de Richa em favor de Osmar Dias.
Em conversas, Serra também tem se queixado da falta de organização do partido.
Discurso
"A bancada precisa ter um discurso mais unificado e repetitivo. Vamos tocar nos pontos principais, como o aparelhamento do Estado, defesa das nossas conquistas, da democracia", disse o líder do PSDB na Câmara, João Almeida.
A reunião ocorreu um dia depois da divulgação da pesquisa CNT/Sensus, que apontou que, com o deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa à Presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) encosta em Serra.
Neste cenário, Serra recebeu 33,2% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 27,8%, e por Ciro, com 11,9%.
Tucanos e aliados dizem que Serra herdará mais votos de Ciro do que Dilma, caso o candidato do PSB desista da disputa.
"O resultado não foi consistente com resultados de outros institutos. É absolutamente previsível que candidata do presidente e do PT cresça, ainda mais com uma campanha antecipada que desrespeita a lei", afirmou o presidente do PSDB, senador Sergio Guerra.
"O governador de São Paulo está absolutamente aplicado para atuar por São Paulo. Isso é sincero e factual. Nossa conduta é de respeitar a lei."
Guerra afirmou que o momento agora é de fortalecer palanques estaduais "verdadeiros", que realmente atuem na campanha presidencial, ao contrário de alguns casos ocorridos em 2006 e 2002.
Antigo defensor da antecipação da candidatura presidencial da oposição, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, agora defende o mês de março.
"Estamos no caminho certo, tratando dos palanques estaduais", afirmou. "Eu discordei da estratégia [de não anunciar a candidatura] lá atrás , mas hoje acho que não havia estratégia possível para combater tamanho desrespeito à lei", disse.
(Fernando Barros De Mello e Catia Seabra)
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