DEU NO BRASIL ECONÔMICO
O governo do Rio de Janeiro merece toda nossa solidariedade no combate aos bandos armados que, utilizando táticas terroristas, têm causado sérios transtornos a uma população cada vez mais assustada e desamparada. O mesmo governo que durante toda a campanha eleitoral usou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como modelo de segurança pública, a ponto de a candidata eleita afirmar que usaria tal modelo em todo o país.
Uma ação claramente orquestrada de bandidos pôs em xeque esse modelo. Sua fragilidade não resistiu a uma evidência primária, os bandidos não evaporaram quando tiveram que deixar as áreas onde atuavam com a chegada das UPPs.
A violência que se alastra pelo Rio há vários anos não vai ser resolvida apenas com a instalação de tais unidades. É preciso muito mais.
Entram aí medidas concretas para dar uma alternativa de vida para os jovens envolvidos com o tráfico, o maior controle das fronteiras brasileiras para impedir a entrada de armas e drogas e um processo radical de "desinfecção" do sistema policial, completamente contaminado pela corrupção e envolvimento com o crime.
A violência endêmica de que tem sido vítima o Rio assumiu essa proporção por descontinuidade no combate sistemático do crime. Pelo simples fato de que não temos políticas de Estado para o combate ao crime organizado. Elas não são políticas públicas. São políticas de governo.
O que marca a gestão da segurança, assim, é a descontinuidade, com cada novo governador adotando uma determinada política de segurança. Em gestão pública, nada que não tenha continuidade tem eficácia.
Um outro problema que agrava a situação é a corrupção entranhada no seio das instituições policiais.
A realidade tem nos mostrado que no Rio prende-se tanto traficantes quanto policiais. Todos os dias assistimos notícias de crime onde tem bandido ou policial envolvido, o que enfraquece a importância e a autoridade policial.
Quando se vê carro de polícia no morro não sabe se ele está em incursão, excursão ou se está indo receber, pagar ou prender, como muito bem disse nosso deputado federal pelo Rio, Stepan Nercessian. Há tanto tempo existe essa relação promíscua que o bandido perdeu medo de polícia.
Há pouco mais de quarenta dias do término de seu mandato, o país começa a acordar do sonho edulcorado da propaganda e marketing político que moveu todo o governo Lula, e se defronta com a crueza do mundo real.
O que estamos vendo, a cada novo dia, é a realidade de um governo catastrófico, despido da fantasia da propaganda, que estende sua sombra de incompetência sobre todas as áreas.
Seja na balbúrdia do Enem, no crescimento do processo inflacionário, no espantoso incremento da dívida pública, na incapacidade gerencial de levar adiante seus próprios projetos, como revelado pela insignificante taxa de realização do PAC e seus mirabolantes projetos sociais.
A realidade enfrentada pelos cariocas é o preço que estamos pagando por um governo que, em vez de governar, passou oito anos em palanques, enquanto as agruras de nosso povo eram embaladas pelo papel luminoso da fantasia. O sonho acabou.
Roberto Freire é presidente do PPS
O governo do Rio de Janeiro merece toda nossa solidariedade no combate aos bandos armados que, utilizando táticas terroristas, têm causado sérios transtornos a uma população cada vez mais assustada e desamparada. O mesmo governo que durante toda a campanha eleitoral usou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como modelo de segurança pública, a ponto de a candidata eleita afirmar que usaria tal modelo em todo o país.
Uma ação claramente orquestrada de bandidos pôs em xeque esse modelo. Sua fragilidade não resistiu a uma evidência primária, os bandidos não evaporaram quando tiveram que deixar as áreas onde atuavam com a chegada das UPPs.
A violência que se alastra pelo Rio há vários anos não vai ser resolvida apenas com a instalação de tais unidades. É preciso muito mais.
Entram aí medidas concretas para dar uma alternativa de vida para os jovens envolvidos com o tráfico, o maior controle das fronteiras brasileiras para impedir a entrada de armas e drogas e um processo radical de "desinfecção" do sistema policial, completamente contaminado pela corrupção e envolvimento com o crime.
A violência endêmica de que tem sido vítima o Rio assumiu essa proporção por descontinuidade no combate sistemático do crime. Pelo simples fato de que não temos políticas de Estado para o combate ao crime organizado. Elas não são políticas públicas. São políticas de governo.
O que marca a gestão da segurança, assim, é a descontinuidade, com cada novo governador adotando uma determinada política de segurança. Em gestão pública, nada que não tenha continuidade tem eficácia.
Um outro problema que agrava a situação é a corrupção entranhada no seio das instituições policiais.
A realidade tem nos mostrado que no Rio prende-se tanto traficantes quanto policiais. Todos os dias assistimos notícias de crime onde tem bandido ou policial envolvido, o que enfraquece a importância e a autoridade policial.
Quando se vê carro de polícia no morro não sabe se ele está em incursão, excursão ou se está indo receber, pagar ou prender, como muito bem disse nosso deputado federal pelo Rio, Stepan Nercessian. Há tanto tempo existe essa relação promíscua que o bandido perdeu medo de polícia.
Há pouco mais de quarenta dias do término de seu mandato, o país começa a acordar do sonho edulcorado da propaganda e marketing político que moveu todo o governo Lula, e se defronta com a crueza do mundo real.
O que estamos vendo, a cada novo dia, é a realidade de um governo catastrófico, despido da fantasia da propaganda, que estende sua sombra de incompetência sobre todas as áreas.
Seja na balbúrdia do Enem, no crescimento do processo inflacionário, no espantoso incremento da dívida pública, na incapacidade gerencial de levar adiante seus próprios projetos, como revelado pela insignificante taxa de realização do PAC e seus mirabolantes projetos sociais.
A realidade enfrentada pelos cariocas é o preço que estamos pagando por um governo que, em vez de governar, passou oito anos em palanques, enquanto as agruras de nosso povo eram embaladas pelo papel luminoso da fantasia. O sonho acabou.
Roberto Freire é presidente do PPS
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