EX-PREFEITO de BH, o ministro Fernando Pimentel é citado pela PF: seu tesoureiro de campanha recebeu R$247 mil
O relatório final da Polícia Federal sobre o mensalão do PT encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o pagamento de propina a deputados federais e estaduais, além de prefeitos, e desvio de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais. De acordo com o documento, Freud Godoy, amigo e ex-segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu ter recebido dinheiro do valerioduto, esquema comandado por Marcos Valério. O texto ainda revela novos nomes de beneficiados pelo mensalão, como mostrou reportagem da revista "Época" desta semana. O processo que tramita no STF tem 38 réus e só deve ir a julgamento no ano que vem.
Entre os novos personagens citados no relatório da PF estão o atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT); o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR); os deputados federais Vicentinho (PT-SP), Benedita da Silva (PT-RJ), Jaqueline Roriz (PMN-DF), Lincoln Portela (PR-MG) e João Magalhães (PMDB-MG); o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB); o ex-senador Mario Calixto e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT-SP).
O documento da PF revela que, em depoimento, Freud afirma que os R$98 mil que sua empresa, a Caso, recebeu em janeiro de 2003, já no governo Lula, eram para pagar os serviços que ele prestou para a campanha petista à Presidência em 2002. O dinheiro financiou parte da conta de R$115 mil por serviços de "segurança, alimentação, transporte e hospedagem de equipes de apoio". Ainda segundo a PF, em 2004, foram pagos R$247 mil da SMP&B para Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro da campanha de Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte. Já a empresa DNA, de Marcos Valério, teria repassado R$650 mil do Visanet para a Alfândega Participações, pertencente a Álvaro Jucá, irmão de Romero Jucá.
Também é alvo da investigação o banqueiro Daniel Dantas, que teria repassado R$3,6 milhões ao valerioduto via BrasilTelecom. Dantas confirmou à PF que recebeu do PT pedido de US$50 milhões, mas diz que seu grupo não pagou. O relatório cita ainda o pagamento de R$661 mil pelo governo de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves para a SMP&B e R$630 mil para o Instituto Nacional de Moda e Design organizar o festival Minas Cult. A PF diz que foram apresentadas notas fiscais duplicadas para justificar a despesa.
FONTE: O GLOBO
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