Por Folhapress
RIO - O deputado federal Otávio Leite (PSDB) lançou ontem sua candidatura à Prefeitura do Rio e vai iniciar a campanha acionando a Justiça Eleitoral contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tentará a reeleição.
A sigla vai hoje ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio questionar suposta campanha antecipada de Lula e Paes durante a inauguração do corredor de ônibus Transoeste, realizada na semana passada. No evento, o ex-presidente disse que vai pedir votos para o pemedebista "em 2012 com muito mais convicção".
"O presidente Lula pode apoiar quem ele bem entender. O que não é justo e democrático é fazê-lo num palanque custeado pelo povo do Rio de Janeiro. Houve ilegalidade porque foi campanha antecipada e ofensa grave à democracia, porque não se pode usar a máquina pública para pedir votos", disse Leite.
Durante a convenção do PSDB, realizada na sede do bloco carnavalesco Cordão do Bola Preta, o deputado centrou críticas ao sistema de saúde da cidade, defendeu a manutenção do viaduto da Perimetral - a Prefeitura planeja demolir a via até 2015 - e políticas voltadas a deficientes físicos.
Sem alianças confirmadas, o tucano ainda não definiu o nome do candidato a vice. Ele afirmou não ser uma grande vantagem o apoio de 19 partidos obtido por Paes: "Não me incomoda na largada se verificar uma estrutura muito maior do outro lado. Acredito na força das ideias e vamos chegar lá com elas."
Ele disse ainda que a campanha contará com a presença de aliados como o senador Aécio Neves (MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O senador tucano Alvaro Dias (PR) participou da convenção, onde criticou o ex-presidente Lula.
Leite foi econômico nas críticas ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) - em crise política desde a revelação de fotos ao lado do empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta, em Paris -, durante o discurso da convenção. Mas afirmou que o tema será levantado na campanha, em função da aliança com Paes.
"A relação promíscua entre o público e o privado não pode acontecer. É lamentável o que aconteceu no Rio. Esse assunto não pode ficar escondido. Vai ser revelado", disse em entrevista.
O ataque a Cabral ficou por conta dos deputados estaduais Luiz Paulo e Lucinha. O grupo do governador foi chamado de "gangue" e "república dos guardanapos" - em referência às fotos nas quais um grupo dança com guardanapos na cabeça.
Além de Paes, Leite enfrentará o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) e a deputada estadual Aspásia Camargo (PV).
FONTE: VALOR ECONÔMICO
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