• ‘Importante não é ter uma visão de revanche’, diz pré-candidato à Presidência
Sérgio Roxo – O Globo
O presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, conversou com empresários da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Michel Filho / Agência O Globo
SÃO PAULO - O pré-candidato do PSB à Presidência República, Eduardo Campos, afirmou nesta terça-feira ser contra uma revisão da Lei da Anistia para punir os responsáveis por crimes praticados durante a ditadura militar.
- Acho que a Lei da Anistia foi para todos os lados. O importante agora não é ter uma visão de revanche. Falo isso muito à vontade porque a minha família foi vítima do arbítrio - disse o presidenciável.
O avô de Campos, Miguel Arraes foi preso em 1964, quando era governador de Pernambuco, após o golpe e depois teve que se exilar na Argélia. O pré-candidato do PSB acredita que a lei foi importante para permitir a volta da democracia.
- A anistia naquele momento foi ampla, geral e irrestrita. Essa foi a regra que nós aceitamos para fazermos a transição democrática do jeito que fizemos - falou.
Campos se solidarizou com a família do ex-deputado federal Rubens Paiva em razão da decisão da Justiça de aceitar abrir ação penal contra os responsáveis por sua morte, mas evitou entrar em detalhes sobre o caso.
O presidenciável comentou ainda a decisão da Executiva do PT de incluir, nas diretrizes do programa de governo da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff, a previsão de regulação dos meios de comunicação para “proteger e promover os direitos humanos e combater os monopólios”.
- Quem regula a imprensa é o eleitor. Se eu não gosto de determinado veículo eu passo para outro - declarou.
Tema não é prioridade
De acordo com Campos, a sua campanha não abordará o tema:
- Não está no nosso programa de governo nem é um prioridade do nosso programa de governo tratar dessa matéria.
Antes, em palestra para representantes do indústria farmacêutica, Campos foi questionado sobre a regulação dos preços de medicamentos pelo Estado e disse ser contra a interferência excessiva. - Em regra, quanto menos o estado intervir definindo preços essa é a regra do sistema capitalista - disse.
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