- Folha de S. Paulo
Amigos de fé
Em ato de apoio a Dilma Rousseff (PT), dirigentes das seis maiores centrais sindicais do país vão abrir hoje a artilharia contra Aécio Neves (PSDB). As entidades dirão que "o Brasil de Lula e Dilma" é melhor do que o "da privataria e das políticas neoliberais", referindo-se à gestão tucana de FHC. Em documento, acusarão a "oposição conservadora" de preparar medidas "duras" e "amargas" contra os trabalhadores. Entre os signatários estão CUT, UGT e dissidentes da Força Sindical.
Sintonia O texto das centrais trata a eleição do ex-presidente Lula como "um verdadeiro divisor de águas". Os sindicalistas ainda repetem lema da campanha de Dilma ao pedir "mais mudanças".
Cara a cara A presidente aproveitará a visita a São Paulo para ter encontro reservado com Lula. Aliados relatam ruídos entre a dupla nos bastidores da campanha.
Obreira Dilma participa amanhã de ato com 2.000 pastoras e missionárias da ala da Assembleia de Deus comandada pelo bispo Manoel Ferreira. Ele apoia Pastor Everaldo (PSC), rival da petista.
Alívio A equipe de Dilma estava com medo de que ela fosse hostilizada na sabatina da CNA, a confederação dos ruralistas. A vaia não veio.
Má vontade Quando a presidente foi anunciada, um ruralista se levantou e disse a colegas: "Boa sorte a vocês que vão ficar aí para aguentar a Dilma. Eu vou embora".
No vácuo Vice de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva esperava ser chamada ao palco com o candidato, mas teve que ficar na plateia.
Mal me quer A ex-ministra do Meio Ambiente não quis polemizar sobre as cobranças feitas a Campos pela gestão dela no governo Lula. "São as perguntas que eles sempre fazem", amenizou.
Em casa Aécio levou o vice Aloysio Nunes (PSDB) para acompanhá-lo na sabatina. O senador é produtor rural e tem fazenda em São Paulo.
Gente nossa Apesar de ter sido aplaudido de pé, Aécio foi cobrado a defender interesses ruralistas com mais firmeza. "Ele foi muito disperso ao falar no Código Florestal", reclamou um fazendeiro.
Conta salgada Aécio pagou R$ 56 mil ao escritório de advocacia de Carlos Ayres Britto. O ex-ministro do STF assinou parecer dizendo não ver "nada de juridicamente inválido" na obra do aeroporto de Cláudio (MG).
Esse cara sou eu Frase do tucano ontem, em Brasília: "Não sou Roberto Carlos, mas já vivi muitas emoções..."
Tiro e bomba Defensor de linha dura na segurança, o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, recebeu R$ 100 mil da Companhia Brasileira de Cartuchos.
Teor alcoólico A Arosuco, empresa do grupo da Ambev, deu R$ 1,5 milhão a Eduardo Campos. O novo partido de Marina vetará doações de fabricantes de bebidas.
É Friboi? O grupo JBS, especializado no processamento de carnes, já deu R$ 1 milhão à chapa do PSB. Marina não come carne vermelha.
Ao vivo O candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, foi informado em tempo real sobre as reações de um grupo de eleitores que acompanhavam à distância a sabatina promovida por Folha, UOL e SBT.
Tudo calculado Garotinho abriu o sorriso quando um assessor mostrou, em um celular, os resultados da pesquisa. Fez sinal de positivo e disse: "Tenho que bater mais na Globo. Quando bato na Globo, a reação positiva vai lá nas alturas".
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Tiroteio
"O nome é "SP quer o melhor", mas a coligação tem um foragido da Interpol, um rejeitado e um ex-governador que faliu o nosso Estado."
DO DEPUTADO ESTADUAL PEDRO TOBIAS (PSDB-SP), em ataque a Paulo Skaf (PMDB), que tem Paulo Maluf, Gilberto Kassab e Fleury Filho como aliados.
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Contraponto
Amigo da onça
Em debate na Câmara sobre o decreto que cria os conselhos populares, ontem, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse que deixa o cargo em dezembro.
O deputado Lincoln Portela (PR-MG) sugeriu:
--Assuma então a pasta das Relações Institucionais, a que lida diretamente conosco!
Para alertar o amigo, Chico Alencar (PSOL-RJ) evocou as memórias da Copa:
--São esses os que torcem por você, Gilberto. Querem que, depois de sofrer com a Colômbia, você encare a Alemanha!
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