• Proposta do senador Valdir Raupp, de Rondônia, causou estranheza entre os aliados do vice-presidente, Michel Temer
Isabela Bonfim - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Após o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), membro da direção executiva do PMDB, sugerir em plenário que fossem realizadas novas eleições presidenciais em outubro, membros da cúpula do partido e mais próximos do vice-presidente Michel Temer rebateram a ideia e disseram que a proposta não foi discutida com outros integrantes da legenda.
A sugestão causou estranheza entre outros peemedebistas, já que Temer seria o principal beneficiário do impeachment, podendo assumir a presidência ainda neste ano. Um dos integrantes da cúpula do partido disse que não sabe de onde o senador Raupp tirou a ideia.
A interlocutores, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que assumiu na manhã desta terça-feira, 5, a presidência do partido, teria dito que a realização de eleições gerais, com pleito também para governadores, deputados e senadores seria um "suicídio coletivo".
Os peemedebistas consideraram a proposta inconstitucional e sem eficácia, discordando dos argumentos apresentados por Raupp de que novas eleições pacificariam as ruas. Eles também não souberam avaliar qual formato de projeto seria juridicamente aceito para antecipar as eleições.
Discordância. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu declarações positivas sobre a hipótese de antecipação das eleições, também nesta terça. "Não podemos descartá-la, temos que guardar como uma saída", disse. Mas o peemedebista defendeu a tese de eleições gerais e não apenas presidenciais.
O posicionamento de Renan é criticado por aliados de Temer, que acusaram o presidente do Senado de ser parte do governo e não estar alinhado com as decisões tomadas pelo PMDB. Na última semana, Renan criticou a decisão do partido de desembarcar do governo e classificou o posicionamento como "precipitado".
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