• Em até 180 dias, os senadores votarão novamente o futuro da presidente, e, em caso de o afastamento ser aprovado por no mínimo 54 senadores, Dilma deixa o cargo de forma definitiva
Gustavo Porto, Ricardo Brito, Luísa Martins, Isabela Bonfim e Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que o total de 55 votos pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) faz com que o novo governo assuma com perspectiva de que não será apenas temporário. O resultado da votação garantiria, inclusive, a cassação definitiva da presidente pelo Senado. Em até 180 dias, os senadores votarão novamente o futuro da presidente, e, em caso de o afastamento ser aprovado por no mínimo 54 senadores, Dilma deixa o cargo de forma definitiva.
“O número de votos pelo afastamento é uma sinalização positiva para o novo governo, que assume com perspectivas de que não será apenas temporário”, disse.
Aécio afirmou que o governo interino do vice-presidente Michel Temer precisa assumir e apresentar um conjunto de reformas ao Congresso e enfatizou a oposição que derrubou a presidente. “A votação mostra que a sociedade se fez ouvir pelo Congresso”, afirmou o senador, derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014.
Aécio disse que o “não é dia de comemorações, mas de reafirmação da Constituição e dos valores democráticos” e que, com serenidade, o Brasil precisa trabalhar para “construir uma nova página da história”.
Já o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), avaliou que o total de votos pelo afastamento mostra que o processo poderia ser abreviado com a renúncia da presidente. “Dilma daria gesto de grandeza e de espírito público renunciando ao mandato para virar a página e dar início a uma nova etapa a história do Brasil”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário