DEU NO VALOR ECONÔMICO
Raquel Ulhôa De Brasília
No primeiro discurso no Senado após ser derrotado nas eleições para o governo de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), dissidente do seu partido e aliado do candidato derrotado a presidente, José Serra (PSDB), prometeu ontem fazer oposição ao governo de Dilma Rousseff (PT) na mesma postura adotada pelo pemedebista na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com duros ataques ao petista, Jarbas sugeriu que a sucessora, Dilma, mantenha "uma relação de respeito com a oposição, que busque uma convivência republicana, sem tentativas de cooptação ou de acordos de gabinete, que não pregue o extermínio daqueles que pensam de forma diferente, pois, sem oposição, não há democracia". Jarbas também anunciou que não vai se "intimidar" com a maioria governista na Casa a partir de fevereiro.
O senador disse que Lula não realizou as reformas institucionais que considera prioritárias, especialmente a política e a tributária. Criticou os "abusos" cometidos por Lula na campanha, que, segundo ele, atuou como "chefe de uma facção e não como o presidente de todos os brasileiros".
"O presidente da República usou e abusou da popularidade para eleger Dilma. Lula montou um palanque móvel antes do prazo legal e com ele percorreu todo o Brasil. O presidente desrespeitou a legislação eleitoral para viabilizar a vitória da candidata do PT. Fez uso exagerado da máquina do governo, atacando a oposição e pregando o extermínio dos seus adversários."
Jarbas disse que o país "andou para trás" nas questões políticas, eleitorais e partidárias. O senador defendeu a gestão de Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco, dizendo que o PT encontrou uma economia estabilizada pelo Plano Real, com a dívida dos Estados renegociada, a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal e o saneamento do sistema bancário promovido pelo Proer.
"O que existe em comum nessas medidas, além de terem sido implantadas nos governos Itamar e FHC? O Partido dos Trabalhadores votou contra todas elas. A oposição parlamentar mais radical que existiu na história recente do Brasil foi exercida pelo PT."
Jarbas avaliou que a próxima legislatura terá a maior fragmentação partidária da história da República, com 22 partidos com representantes na Câmara dos Deputados. Esse cenário, segundo ele, impede a realização de uma reforma política - tema pelo qual afirmou que lutará nos próximos quatro anos, quando permanecerá no Senado.
Raquel Ulhôa De Brasília
No primeiro discurso no Senado após ser derrotado nas eleições para o governo de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), dissidente do seu partido e aliado do candidato derrotado a presidente, José Serra (PSDB), prometeu ontem fazer oposição ao governo de Dilma Rousseff (PT) na mesma postura adotada pelo pemedebista na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com duros ataques ao petista, Jarbas sugeriu que a sucessora, Dilma, mantenha "uma relação de respeito com a oposição, que busque uma convivência republicana, sem tentativas de cooptação ou de acordos de gabinete, que não pregue o extermínio daqueles que pensam de forma diferente, pois, sem oposição, não há democracia". Jarbas também anunciou que não vai se "intimidar" com a maioria governista na Casa a partir de fevereiro.
O senador disse que Lula não realizou as reformas institucionais que considera prioritárias, especialmente a política e a tributária. Criticou os "abusos" cometidos por Lula na campanha, que, segundo ele, atuou como "chefe de uma facção e não como o presidente de todos os brasileiros".
"O presidente da República usou e abusou da popularidade para eleger Dilma. Lula montou um palanque móvel antes do prazo legal e com ele percorreu todo o Brasil. O presidente desrespeitou a legislação eleitoral para viabilizar a vitória da candidata do PT. Fez uso exagerado da máquina do governo, atacando a oposição e pregando o extermínio dos seus adversários."
Jarbas disse que o país "andou para trás" nas questões políticas, eleitorais e partidárias. O senador defendeu a gestão de Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco, dizendo que o PT encontrou uma economia estabilizada pelo Plano Real, com a dívida dos Estados renegociada, a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal e o saneamento do sistema bancário promovido pelo Proer.
"O que existe em comum nessas medidas, além de terem sido implantadas nos governos Itamar e FHC? O Partido dos Trabalhadores votou contra todas elas. A oposição parlamentar mais radical que existiu na história recente do Brasil foi exercida pelo PT."
Jarbas avaliou que a próxima legislatura terá a maior fragmentação partidária da história da República, com 22 partidos com representantes na Câmara dos Deputados. Esse cenário, segundo ele, impede a realização de uma reforma política - tema pelo qual afirmou que lutará nos próximos quatro anos, quando permanecerá no Senado.
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