DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Receio é de que ele transforme o modelo de parceria público-privada adotado no Rio num movimento nacional
Lígia Formenti / BRASÍLIA
Mais do que a frustração de petistas que cobiçavam o cargo, a indicação do secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, para ministro do setor no governo Dilma provocou inquietação de integrantes do movimento sanitário do País.
Pai de uma das bandeiras de campanha da presidente eleita na área de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Côrtes é visto como defensor da ampliação da participação do setor privado na saúde pública - algo considerado por grupos mais tradicionais como um ataque ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O receio desses setores é de que o futuro ministro transforme num movimento nacional o modelo de parceria público-privada na saúde que, no Rio, conta com as organizações sociais.
Côrtes, que já foi interventor na Saúde do Rio durante a gestão do ministro petista Humberto Costa - primeiro ocupante da pasta no governo Lula - e diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), ao assumir a secretaria do Rio não economizou críticas ao sistema de funcionamento dos hospitais.
Para ele, a melhor forma de profissionalizar e garantir qualidade no atendimento era alterar a forma de gestão. Substituiu laboratórios de hospitais pelo serviço de empresas contratadas. Tentou, a exemplo de outros secretários, reduzir as cooperativas. Mas não conseguiu.
Além de considerarem exagerada a defesa pela terceirização da saúde, sanitaristas desprezam a proposta das UPAs criada por Côrtes e encampada por Dilma. A ênfase no atendimento de urgência, afirmam, é uma medida que está longe de resolver problemas. Em termos de custo-benefício, o ideal seria investir pesado na assistência básica.
Para petistas, Côrtes representa mais do que uma simples ameaça de terceirização do sistema de saúde. O grupo, que teve de abrir mão do comando da pasta para o PMDB ainda no primeiro mandato de Lula, nunca mais conseguiu reaver a área.
Receio é de que ele transforme o modelo de parceria público-privada adotado no Rio num movimento nacional
Lígia Formenti / BRASÍLIA
Mais do que a frustração de petistas que cobiçavam o cargo, a indicação do secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, para ministro do setor no governo Dilma provocou inquietação de integrantes do movimento sanitário do País.
Pai de uma das bandeiras de campanha da presidente eleita na área de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Côrtes é visto como defensor da ampliação da participação do setor privado na saúde pública - algo considerado por grupos mais tradicionais como um ataque ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O receio desses setores é de que o futuro ministro transforme num movimento nacional o modelo de parceria público-privada na saúde que, no Rio, conta com as organizações sociais.
Côrtes, que já foi interventor na Saúde do Rio durante a gestão do ministro petista Humberto Costa - primeiro ocupante da pasta no governo Lula - e diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), ao assumir a secretaria do Rio não economizou críticas ao sistema de funcionamento dos hospitais.
Para ele, a melhor forma de profissionalizar e garantir qualidade no atendimento era alterar a forma de gestão. Substituiu laboratórios de hospitais pelo serviço de empresas contratadas. Tentou, a exemplo de outros secretários, reduzir as cooperativas. Mas não conseguiu.
Além de considerarem exagerada a defesa pela terceirização da saúde, sanitaristas desprezam a proposta das UPAs criada por Côrtes e encampada por Dilma. A ênfase no atendimento de urgência, afirmam, é uma medida que está longe de resolver problemas. Em termos de custo-benefício, o ideal seria investir pesado na assistência básica.
Para petistas, Côrtes representa mais do que uma simples ameaça de terceirização do sistema de saúde. O grupo, que teve de abrir mão do comando da pasta para o PMDB ainda no primeiro mandato de Lula, nunca mais conseguiu reaver a área.
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