• Flávio Dino demonstrou que irá apoiar a tentativa do governo de minimizar a crise política
Fernanda Krakovics – O Globo
BRASÍLIA - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou, nesta terça-feira, que defenderá uma pauta de “entendimento nacional” para sair da crise, em reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores, inclusive da oposição, na próxima quinta-feira.
“Irei à reunião dos governadores defender pauta de entendimento nacional para sair da crise, com retomada da estabilidade política. A estabilidade é fundamental para a conclusão do ajuste fiscal e retomada do crescimento econômico, com redução da taxa de juros”, escreveu Dino no Twitter.
O Palácio do Planalto quer o apoio dos governadores para barrar a “pauta bomba” no Congresso - projetos que significam aumento de despesas. O cenário que já foi ruim no primeiro semestre tende a piorar com o rompimento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo.
“Uma agenda de entendimento nacional deve priorizar a estabilidade política imediata, sem debates como ´pautas bombas´ e impeachment”, acrescentou Dino no Twitter.
Além do ajuste fiscal, Dilma também tenta garantir uma rede de apoio para impedir a aprovação de eventual pedido de impeachment pelo Congresso. No mês que vem, o Tribunal de Contas da União julgará as contas de 2014 e há risco real de rejeição, abrindo caminho para tentativa de afastamento da presidente.
Paralelamente, começarão a ser divulgados nas redes sociais vídeos gravados sábado. Em cinco filmes de 30 segundos a um minuto, Dilma fala sobre as crises políticas e econômicas, intolerância, as Olimpíadas de 2016, o plano de exportações e o desemprego.
Se o Planalto está interessado em firmar um “pacto pela governabilidade”, os governadores levarão para a reunião assuntos de interesse dos estados, como a reforma do ICMS, fundo garantidor de Parcerias Público Privadas (PPPs), linhas de crédito e parcerias na área de segurança pública.
Ontem, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que o PT e Dilma tentam “dividir sua crise” com os governadores, ao ''constrangê-los'' a participar de uma "reunião desnecessária".
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