Ciro Gomes diz que tem evitado confronto com candidato do PSL para não parecer ‘arrogante’
Jussara Soares e Gustavo Schmitt | O Globo
CATANDUVA (SP) – O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, negou ontem que haja um racha pelo comando nacional do seu partido. Presente na mesma atividade de campanha em Catanduva, no interior de São Paulo, a candidata a deputada estadual pelo PSL Janaína Paschoal, que chegou a ser cotada para concorrera vice-presidente na chapado ex-capitão, disse que o partido tem que se unir sem “ti-ti-ti”.
—Vamos nos unir sem ti-titi, sem nhém-nhém-nhém, sem ficar procurando pelo em ovo, sem briga entre quem está do mesmo lado. Quem está do mesmo lado tem que estar coma cabeça firme, no lugar, para aguentar as pancadas. Se agente ficar brigando internamente o lado de fora vai ganhar—disse a advogada. A declaração de Janaína ocorre um dia após reportagem do site “Buzzfeed Brasil” revelar brigas no PSL. Segundo o site, apoiadores de Bolsonaro estariam descontentes coma atuação do presidente do partido, Gustavo Bebianno, e do vice, Julian Lemos, que teriam grande influência sobre o presidenciável. As supostas desavenças foram publicadas em grupo de uma rede social. Bolsonaro negou conflitos envolvendo Bebianno, a quem chamou de “quase irmão” e disse que é mais uma tentativa de atacar sua candidatura: — Nosso partido é pequeno, não tem problema nenhum. Pelo que soube há muitas ilações contra o presidente.
MARINA E AS MULHERES
Em visita a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que não dá para resolver os problemas do Brasil “à bala”. Ele havia sido questionado sobre o avanço de Bolsonaro no Oeste paulista. — Em política a gente não obriga, a gente conquista. Não vamos resolver os problemas do Brasil à bala, com violência.
Vamos resolver com eficiência, com competitividade, reformas que o Brasil precisa —disse o tucano. Também em São Paulo, em evento com a militância jovem, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou que tem evitado confronto direto em debates com Bolsonaro, a quem classificou como “despreparado”, para não parecer arrogante: —Se um cara como eu partir pra cima de uma pessoa com aquele despreparo parece arrogância.
Já a candidata da Rede, Marina Silva, tem intensificado agendas voltadas para o eleitorado feminino desde que teve um embate com Bolsonaro, na semana passada, no debate da RedeTV!, sobre a disparidade salarial entre os dois sexos. Ela defendeu ontem políticas públicas em defesa dos direitos das mulheres em evento em Mauá, no ABC Paulista: —É preciso fiscalizar aqueles que não pagam salários iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário