DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
DEM e PSDB atacam discurso de lançamento da pré-candidata e apontam omissões e falta de clareza
Rosa Costa e Denise Madueño
O PSDB e o DEM, principais adversários do PT na disputa pela Presidência, criticaram ontem o discurso feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no dia anterior, no lançamento de sua pré-candidatura. O Estado forte, defendido por ela no 4º Congresso do PT, foi considerado sinônimo de governo autoritário e as referências às privatizações, como tentativa de repetir "clichê" usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A oposição criticou não apenas o que foi dito pela ministra, mas também o que considerou como omissões. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que a pré-candidata deixou em suspense a posição dela e do PT quanto ao direcionamento da economia. "Não há nada claro, nem no que a ministra disse, nem nos documentos do partido", disse.
O tucano acusou ainda Dilma e o PT de ignorarem a questão dos marcos regulatórios e das agências reguladoras. "As agências estão contaminadas pela influência política, por pressões de grupos econômicos, e não têm condições de defender o interesse da população e de balizar o interesse público e o da iniciativa privada", apontou.
Guerra relacionou o "Estado forte" defendido por Dilma a um discurso ideológico aliado "à sua notória capacidade de desenvolver ações autoritárias".
Na mesma linha de discussão sobre a participação do Estado, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), considerou que a pré-candidata do PT reproduz o que o presidente fez em campanhas anteriores. "Ela repete o clichê de tentar colar na oposição a pecha de que íamos privatizar a qualquer preço. Isso não é verdade", disse Maia. "O discurso de Estado forte cabe em qualquer linha política e não significa governo estatizante, como prega a ministra Dilma. Nós queremos um Estado que cumpra o seu papel, que tenha força na regulação e na fiscalização do setor privado", argumentou.
No mesmo tom do aliado, Guerra criticou o modelo adotado pelo governo Lula, classificando-o de sem objetividade nem racionalidade. "Nenhum de nós quer um Estado fraco, mas o que faz um Estado verdadeiramente forte é a capacidade de intervir, colaborar, construir, não o autoritarismo", alegou. "O fundamento básico de um Estado equilibrado é a organização, o planejamento e o respeito a atribuições legais."
O presidente do PSDB resumiu o congresso petista como "um aceno aos movimentos sociais" sem "estabelecer compromissos". Já Dilma, continuou ele, "reafirmou velhas teses numa perspectiva conciliadora".
"JURÁSSICO"
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) afirmou que o discurso da ministra mostrou quem é Dilma. "Ela defende a estatização e tem total aversão da participação da iniciativa privada no processo necessário para o País crescer".
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), futuramente ficará claro que a intenção da ministra foi a de agradar aos radicais do PT. "Embora ela seja cristã nova no partido, seu discurso foi jurássico, incapaz de se adequar à possibilidade de o Brasil crescer nos próximos 15 anos."
DEM e PSDB atacam discurso de lançamento da pré-candidata e apontam omissões e falta de clareza
Rosa Costa e Denise Madueño
O PSDB e o DEM, principais adversários do PT na disputa pela Presidência, criticaram ontem o discurso feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no dia anterior, no lançamento de sua pré-candidatura. O Estado forte, defendido por ela no 4º Congresso do PT, foi considerado sinônimo de governo autoritário e as referências às privatizações, como tentativa de repetir "clichê" usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A oposição criticou não apenas o que foi dito pela ministra, mas também o que considerou como omissões. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que a pré-candidata deixou em suspense a posição dela e do PT quanto ao direcionamento da economia. "Não há nada claro, nem no que a ministra disse, nem nos documentos do partido", disse.
O tucano acusou ainda Dilma e o PT de ignorarem a questão dos marcos regulatórios e das agências reguladoras. "As agências estão contaminadas pela influência política, por pressões de grupos econômicos, e não têm condições de defender o interesse da população e de balizar o interesse público e o da iniciativa privada", apontou.
Guerra relacionou o "Estado forte" defendido por Dilma a um discurso ideológico aliado "à sua notória capacidade de desenvolver ações autoritárias".
Na mesma linha de discussão sobre a participação do Estado, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), considerou que a pré-candidata do PT reproduz o que o presidente fez em campanhas anteriores. "Ela repete o clichê de tentar colar na oposição a pecha de que íamos privatizar a qualquer preço. Isso não é verdade", disse Maia. "O discurso de Estado forte cabe em qualquer linha política e não significa governo estatizante, como prega a ministra Dilma. Nós queremos um Estado que cumpra o seu papel, que tenha força na regulação e na fiscalização do setor privado", argumentou.
No mesmo tom do aliado, Guerra criticou o modelo adotado pelo governo Lula, classificando-o de sem objetividade nem racionalidade. "Nenhum de nós quer um Estado fraco, mas o que faz um Estado verdadeiramente forte é a capacidade de intervir, colaborar, construir, não o autoritarismo", alegou. "O fundamento básico de um Estado equilibrado é a organização, o planejamento e o respeito a atribuições legais."
O presidente do PSDB resumiu o congresso petista como "um aceno aos movimentos sociais" sem "estabelecer compromissos". Já Dilma, continuou ele, "reafirmou velhas teses numa perspectiva conciliadora".
"JURÁSSICO"
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) afirmou que o discurso da ministra mostrou quem é Dilma. "Ela defende a estatização e tem total aversão da participação da iniciativa privada no processo necessário para o País crescer".
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), futuramente ficará claro que a intenção da ministra foi a de agradar aos radicais do PT. "Embora ela seja cristã nova no partido, seu discurso foi jurássico, incapaz de se adequar à possibilidade de o Brasil crescer nos próximos 15 anos."
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