DEU EM O GLOBO
...meia após eleição. Exigência de título é outra tática
Na amostra analisada pelo GLOBO, a compra de votos com dinheiro, cheque ou vales é a mais empregada. Aparece em 64 decisões, seguida da oferta de brindes (58), transporte ou combustível (35), cestas básicas, bebidas ou alimentos (35), material de construção (31), produtos ou serviços de saúde (21), imóveis (18) e serviços diversos, até públicos (12).
Não por acaso, a escola brasileira de compra de votos criou mecanismos para garantir retorno ao investimento. Em Campos Borges (RS), Olivan Antônio de Bortoli (PPB) distribuía, em 2000, notas de R$ 50 pela metade aos eleitores. A outra parte viria depois, se fosse eleito prefeito. Mas a polícia apreendeu R$ 3.250 em cédulas de R$ 50 no comitê. No local, havia um eleitor com seu fragmento de dinheiro no bolso.
Neste ano, a campanha mal começou no Distrito Federal, mas o que se vê nos comitês já é a reedição do clientelismo. Levando um pedido de emprego, cesta básica ou transporte, o eleitor sai com uma promessa e um pedido, mesmo que velado, de apoio.
Anteontem, O GLOBO visitou na periferia de Brasília pontos de apoio de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo que lidera as pesquisas, e do deputado distrital Paulo Roriz (DEM), que tenta a reeleição. A equipe, sem se identificar como do jornal, pediu informações de trabalho na campanha e doações para uma pessoa necessitada. Ouviu até promessa futura de emprego, se o exgovernador se eleger.
Joaquim Roriz inaugurou quintafeira os comitês em Riacho Fundo 1 e Riacho Fundo 2, assentamentos incentivados por ele quando estava no poder, e hoje cidades na periferia. Neste último, uma atendente, Laylanne Amanda Silva Duarte, explicou que, para ser cabo eleitoral remunerado e ganhar uma ajuda a mais, tem de ter título eleitoral no DF e votar no candidato.
Em Riacho Fundo 1, Helena Castanho também condicionou a vaga de cabo eleitoral pago à apresentação de título do DF.
Em Riacho Fundo 2, o comitê de Paulo Roriz é ao lado de uma associação que ajuda a alavancar sua campanha. O salário de cabo é de R$ 510. Mas só para quem tem título do DF, diz a atendente, que se identifica como Lucilene.
A campanha de Joaquim Roriz informou que não paga cabos eleitorais, negou a exigência de título e que os comitês façam doações.
O GLOBO fez contato com assessores de Paulo Roriz, que não deram retorno. (Fábio Fabrini)
...meia após eleição. Exigência de título é outra tática
Na amostra analisada pelo GLOBO, a compra de votos com dinheiro, cheque ou vales é a mais empregada. Aparece em 64 decisões, seguida da oferta de brindes (58), transporte ou combustível (35), cestas básicas, bebidas ou alimentos (35), material de construção (31), produtos ou serviços de saúde (21), imóveis (18) e serviços diversos, até públicos (12).
Não por acaso, a escola brasileira de compra de votos criou mecanismos para garantir retorno ao investimento. Em Campos Borges (RS), Olivan Antônio de Bortoli (PPB) distribuía, em 2000, notas de R$ 50 pela metade aos eleitores. A outra parte viria depois, se fosse eleito prefeito. Mas a polícia apreendeu R$ 3.250 em cédulas de R$ 50 no comitê. No local, havia um eleitor com seu fragmento de dinheiro no bolso.
Neste ano, a campanha mal começou no Distrito Federal, mas o que se vê nos comitês já é a reedição do clientelismo. Levando um pedido de emprego, cesta básica ou transporte, o eleitor sai com uma promessa e um pedido, mesmo que velado, de apoio.
Anteontem, O GLOBO visitou na periferia de Brasília pontos de apoio de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo que lidera as pesquisas, e do deputado distrital Paulo Roriz (DEM), que tenta a reeleição. A equipe, sem se identificar como do jornal, pediu informações de trabalho na campanha e doações para uma pessoa necessitada. Ouviu até promessa futura de emprego, se o exgovernador se eleger.
Joaquim Roriz inaugurou quintafeira os comitês em Riacho Fundo 1 e Riacho Fundo 2, assentamentos incentivados por ele quando estava no poder, e hoje cidades na periferia. Neste último, uma atendente, Laylanne Amanda Silva Duarte, explicou que, para ser cabo eleitoral remunerado e ganhar uma ajuda a mais, tem de ter título eleitoral no DF e votar no candidato.
Em Riacho Fundo 1, Helena Castanho também condicionou a vaga de cabo eleitoral pago à apresentação de título do DF.
Em Riacho Fundo 2, o comitê de Paulo Roriz é ao lado de uma associação que ajuda a alavancar sua campanha. O salário de cabo é de R$ 510. Mas só para quem tem título do DF, diz a atendente, que se identifica como Lucilene.
A campanha de Joaquim Roriz informou que não paga cabos eleitorais, negou a exigência de título e que os comitês façam doações.
O GLOBO fez contato com assessores de Paulo Roriz, que não deram retorno. (Fábio Fabrini)
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