domingo, 17 de julho de 2011

Petista se queixa de data marcada pelo Supremo

Dirigente do partido diz "estranhar" a coincidência de data

BRASÍLIA. Ainda não há consenso no PT sobre a unificação das estratégias para barrar os efeitos do mensalão nas campanhas do próximo ano. Há forte incômodo no partido com o cronograma do julgamento pelo STF. O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), é um dos que se queixam.

- Acho estranha essa coincidência do julgamento na véspera da eleição. O STF deveria ter feito um cronograma para não coincidir com o calendário eleitoral. É um absurdo! Atrapalha o processo democrático. Vai dar a entender que o PT está sendo julgado. O julgamento poderia ser esse ano. Mas vamos enfrentar esse debate. Foi um problema eleitoral de recursos não contabilizados - reclama Vargas.

PT ameaça oposição com mensalão do Arruda

Para criar constrangimento para a oposição e tentar neutralizar o impacto negativo do mensalão petista, o PT também está disposto a resgatar escândalos envolvendo outros partidos, como o mensalão do DEM, que derrubou o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, e o chamado mensalão mineiro, que teve como alvo o governo do deputado tucano Eduardo Azeredo, em Minas.

- Se a oposição começar a associar nossos candidatos ao mensalão, também vamos recordar o mensalão do Arruda. Mas temos que enfrentar esse debate. Se o PT acha que tem que adiar esse julgamento para ganhar a eleição, já ficará prejudicado - pondera o senador Walter Pinheiro (PT-BA). - Pior do que julgar, é ficar com a imagem de um partido que tenta abafar, e que temos medo.

Berzoini aposta no efeito Lula na campanha

O deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, explica que o partido fará o enfrentamento político, mas restringindo o episódio a uma prática de caixa dois, numa tentativa de se igualar aos demais partidos. Praticamente todos já foram alvos de denúncias de recursos não contabilizados em campanha.

- O PT tem uma visão que, durante muito tempo, o país viveu um processo de arrecadação informal de campanha, que é ilegal. Mas já enfrentamos esse debate em 2006, na reeleição do presidente Lula, quando tivemos três CPIs. É claro que esse debate afeta. Mas numa eleição municipal o que a população quer saber é quem governa melhor. E, além disso, o Lula vai entrar nessa campanha. Agora, estará mais disponível do que nunca - afirmou Berzoini.

FONTE: O GLOBO

Um comentário:

Joziane disse...

Arruda e o mensalão do DEM...alguém lembra de Durval? O que sabemos do “denunciante” é que atuou no governo do Roriz, foi processado 8 vezes nas varas de Fazenda Pública. Temos também dois processos criminais com cifras que passam de milhões....estão dando credito para uma pessoa que tem a ficha suja...?!