Bruno Góes
O ministro da Defesa, Celso Amorim, evitou comentar diretamente a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o coronel Sebastião Curió, mas ressaltou ontem que a posição do governo sobre o assunto está expressa na criação da Comissão da Verdade.
- A minha posição é que nós temos para tratar desses temas a lei que criou a Comissão da Verdade. E vamos tratar da Comissão da Verdade com todos os aspectos que estão ali englobados. Vamos investigar tudo o que aconteceu, todos terão que cooperar para que se conheça a verdade, e, ao mesmo tempo, a comissão incorpora também a Lei de Anistia - disse Amorim, durante visita ao Rio, onde participou da cerimônia de imposição da Medalha Mérito Desportivo Militar aos atletas civis e militares que se destacaram em competições esportivas nacionais e internacionais.
Amorim destacou que o Ministério Público é um órgão autônomo e que "não vai dizer se ele está certo ou errado":
- A nossa posição é de dar força à Comissão da Verdade com toda a integralidade que ela tem.
O ministro aproveitou para rebater algumas críticas de militares, que consideram a comissão um ato de revanchismo.
- Vamos eliminar mitos, como esse de que a Comissão da Verdade é revanchismo. Não é revanchismo, é a busca da verdade. E a verdade é a verdade. Não existe verdade de um lado e de outro. Existe a verdade - enfatizou.
Sobre o manifesto de oficiais da reserva que criticaram o governo, Amorim acha que a situação está pacificada:
- Eu não vou ficar (preocupado) com todo mundo que se manifestar. Isso aí está controlado. Quer dizer, controlado não é uma boa palavra. Claro que é uma coisa importante, os comandantes têm conversado a respeito. As coisas têm caminhado de uma forma adequada. Agora vamos olhar um pouco para frente.
FONTE: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário