Após especulações de que poderiam aderir à Frente Popular ou ao Democratas, tucanos optam por candidato próprio no Recife e se colocam como alternativa de oposição
Ayrton Maciel
Depois de uma pré-campanha marcada pela contra-informação de concorrentes interessados no apoio do PSDB, que asseguravam a retirada da candidatura tucana, o deputado estadual Daniel Coelho foi homologado, ontem, no auditório do Colégio Salesiano, candidato tucano à Prefeitura do Recife. A vice foi cedida ao PPS, que indicou a socióloga Débora Albuquerque, presidente da legenda no Estado. A coligação com os pós-comunistas foi acordada momentos antes da convenção do PSDB, que sofreu atraso para conhecer o fechamento da negociação. A aliança majoritária envolve os dois partidos e mais o PTdoB.
O PPS estava sendo disputado pelo PSB de Geraldo Júlio, que lidera a nova Frente Popular, e o oposicionista DEM, de Mendonça Filho, desde que o ex-deputado federal Raul Jungmann, retirou-se da disputa, na última quinta-feira (28). As conversas para a coligação foram assumidas diretamente pelo deputado federal e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e o próprio Jungmann, e concluídas na manhã de ontem.
O apoio do PPS ao candidato do PSDB chega a surpreender, na medida em que, nos bastidores, a informação era de que o governador Eduardo Campos – amigo pessoal de Sérgio Guerra – pressionava para ter a adesão dos pós-comunistas a Geraldo Júlio, depois de ter conseguido o apoio do PMDB. Parte do PPS defendia o acordo com o PSB. O próprio PSDB chegou a ser especulado como partido em iminente caminho de adesão à Frente Popular.
Com a homologação de Daniel Coelho, o campo das oposições no Recife passa a ter duas candidaturas: a do tucano e a de Mendonça Filho. “O apoio do PPS fortalece-nos. Dos candidatos da oposição, somos o único que uniu. O entendimento é que podemos representar as oposições. O PPS quis ficar onde sempre esteve, na oposição”, destacou Daniel.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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