A presidente Dilma Rousseff deve mesmo engolir a sua ojeriza a negociações políticas e a conversas com líderes partidários e assim evitar projetos que desagradem ao governo e garantir os que lhe sejam favoráveis. Mas ela não precisa exagerar.
Dilma tem se reunido com deputados e senadores do PMDB, do PR, do PP e de toda a extensa base aliada. Se tiver um tempinho, vai até chamar os do PT ao Planalto (a reunião de ontem dos senadores petistas com a presidente foi cancelada).
Ela está, portanto, seguindo os conselhos e o exemplo do padrinho, o "Lulinha paz e amor", e fazendo um esforço danado para amenizar a própria personalidade e se aproximar o máximo possível da "Dilminha paz e amor". Quem sabe, com um pouquinho mais de esforço, consiga até deixar de chamar as pessoas de "querida" e "querido" quando, por exemplo, não gosta de alguma pergunta de jornalista.
Bem, mas depois de virar muito amiga do vice Michel Temer, dois anos e meio após a posse, e de encarar Renan Calheiros e Henrique Alves, Dilma agora elogia qualquer um (desde que não seja o líder do PMDB, Eduardo Cunha).
Ontem, em entrevista a uma rádio no interior de Minas, ela tascou que tem "muito respeito pelo ET de Varginha". O que vem a ser isso? Um suposto extraterrestre que teria sido visto por três meninas da cidade uns 15 anos atrás, para alegria dos ufólogos e descrença das autoridades locais e nacionais.
Se tem sido tão simpática com gregos, troianos, peemedebistas e marcianos, Dilma continua dura com os críticos, esses "pessimistas", e contra as cobranças, puro "estardalhaço". E, agora, ela ganha novo ânimo com duas boas notícias para ela e a reeleição. A onda está mudando?
A inflação finalmente dá sossego e os tucanos entram no alvo --com o que já surgiu e, principalmente, com o que pode surgir das investigações do chamado escândalo Siemens.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário