Gabriela Guerreiro
BRASÍLIA- Na contramão do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem a aprovação da proposta que torna obrigatória a execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento.
Renan disse que a proposta acaba com o "toma lá, dá cá" entre Poderes. "Tem que aguardar chegar da Câmara. Eu defendo. Acho que é momento para acabar com o toma lá, dá cá e tornar mais transparente a relação entre Executivo e Legislativo."
Renan sinalizou que não vai barrar a votação da matéria se ela for aprovada pela Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês. Ontem, Henrique Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, recuou e desistiu de colocar o texto em votação no plenário, remarcando para terça.
Pela lei atual, cada parlamentar pode apresentar até R$ 15 milhões em emendas, mas nada obriga o governo a liberar dinheiro para esses projetos. Pelo contrário -- em geral, elas são o alvo preferencial da equipe econômica do governo quando há necessidade de cortes no Orçamento.
Fonte: Folha de S. Paulo
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