Câmara adia votação do orçamento impositivo, apesar da pressão do PMDB. Na cidade de Varginha (MG), a presidente brinca com a lenda dos discos voadores, mas manda recados aos "rebeldes” governistas
Críticas de Dilma
Grasielle Castro
Enquanto os parlamentares discutem a votação do orçamento impositivo, a presidente Dilma Rousseff deixa claro que é contra a proposta. Ontem, em visita à Varginha (MG), na cerimônia de inauguração do câmpus avançado da Universidade Federal de Alfenas, a presidente criticou aqueles que querem aumentar os gastos, sem dizer a fonte do recurso. “Porque no Brasil tem algumas coisas que são engraçadas: o pessoal quer aumentar o gasto, mas não diz de onde sai o dinheiro. (…) Nós sabemos que para você aumentar, você tem de dizer de onde sai”, disse.
A presidente relacionou a declaração à aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor, mas não vincula nenhum recurso à proposta. No discurso, ela voltou a indicar que a principal fonte para a educação é o pré-sal. “E por isso nós defendemos que o royalty do petróleo fosse usado para a educação. Por quê? Porque o royalty do petróleo é uma riqueza finita, ela acaba. A única riqueza que não é finita e não sofre turbulência é aquela que a gente carrega com a gente, que é a educação”, disse. A presidente aproveitou a solenidade para anunciar medidas de incentivo à produção de café, como oferta de crédito para financiamento da estocagem e de recursos para compra do produto.
Em entrevista a rádios da cidade, a presidente brincou com a relação entre Varginha e o ET. Ela disse ter “muito respeito” pelo extraterrestre. “E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido”, acrescentou.
Fonte: Correio Braziliense
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