- O Globo
SÃO PAULO. O Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) deverá ingressar na Justiça até o final deste mês com ações por improbidade administrativa contra as seis maiores empreiteiras brasileiras (Camargo Correa, OAS, Mendes Júnior, UTC, Galvão Engenharia e Engevix) e seus diretores, que serão responsabilizados civilmente pelos prejuízos bilionários à Petrobras.
As construtoras e seus dirigentes, que já estão sendo processadas criminalmente, deverão agora ser denunciadas por irregularidades praticadas em licitações e contratos firmados na área da Diretoria de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, período da administração de Paulo Roberto Costa, que também deverá ser denunciado por improbidade. O mesmo deverá acontecer com o doleiro Alberto Youssef.
As ações estão sendo preparadas pelos procuradores da força-tarefa do MPF-PR Paulo Roberto Galvão e Athayde Ribeiro, que depois do próximo dia 20 deverão convocar uma entrevista coletiva à imprensa para detalhar os processos que serão encaminhados à Justiça Civil Federal.
Caso as denúncias sejam aceitas, e a Justiça as condene, as empreiteiras e seus diretores poderão sofrer sanções administrativas, como pesadas multas, confisco de bens e até serem proibidas de continuarem prestando serviços a órgãos públicos.
Os dirigentes dessas empresas já foram denunciados à 13ª Vara Federal Criminal em dezembro pelos ilícitos cometidos contra a estatal e poderão receber elevadas penas por corrupção, formação de quadrilha, remessa ilegal de dinheiro para o exterior, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
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