DEU EM O GLOBO
Cabral se esquiva de comentar reunião
O governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB, se negou ontem a responder sobre o encontro entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o exgovernador do Rio Anthony Garotinho, que disputará o governo do estado pelo PR.
Cabral encerrou uma entrevista concedida durante a inauguração da Clínica da Família Dona Zica, na Mangueira, quando foi perguntado por repórteres sobre a reunião de Dilma com Garotinho no último dia 25.
— Ah! Não vou falar sobre isso. Imagina — disse o governador, saindo em seguida com sorrisos e uma rápida despedida: “tchau, tchau”.
Já o vice-governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o compromisso do governador é com o presidente Lula.
— Se ela (Dilma) acha que isso (apoio a Garotinho) soma na sua campanha, ótimo — disse Pezão.
Para um integrante do governo próximo a Cabral, a aproximação com Garotinho, porém, pode ser ruim para Dilma: — Se Dilma andar com ele, estará mal acompanhada.
Garotinho escreveu ontem em seu blog sobre a reunião com Dilma. Segundo ele, o encontro “não teve nada de secreto, foi apenas reservado. (...) Não era um evento político para chamarmos a imprensa”. O exgovernador afirmou que, por ser filiado a um partido da base aliada do governo Lula e ter uma boa relação com Dilma, “nada mais natural” do que conversar.
O deputado federal Fernando Gabeira (PV), outro pré-candidato ao governo do Rio, disse que a reunião entre Dilma e Garotinho não produz efeitos por enquanto: — Não coloquei na balança ainda. Há muitos encontros e desencontros, mas nada é decidido.
Além de Garotinho, Cabral tem outro problema para resolver em Brasília. Não há em sua chapa vaga para a candidatura à reeleição do senador Marcelo Crivella (PRB). O governador apoia o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, pré-candidato ao Senado.
Neste caso, a chapa de Cabral seria formada por Picciani e um nome indicado pelo PT — o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, ou a secretária de Assistência Social do governo Cabral, Benedita da Silva.
A obstinação de Lula para ajudar Crivella o levou a colocar Lindberg contra a parede, em encontro com o prefeito e Cabral, há três semanas, no Rio. Na conversa, o presidente tentou demover o petista de concorrer, argumentando que não considera uma boa escolha abandonar mandato no meio para concorrer a uma outra eleição.
Lindberg resistiu à argumentação de Lula. O presidente, então, informou ao petista e a Cabral que eles teriam de “dar um jeito” de incluir Crivella na chapa.
(Cássio Bruno, Flávio Tabak e Taís Mendes)
Cabral se esquiva de comentar reunião
O governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB, se negou ontem a responder sobre o encontro entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o exgovernador do Rio Anthony Garotinho, que disputará o governo do estado pelo PR.
Cabral encerrou uma entrevista concedida durante a inauguração da Clínica da Família Dona Zica, na Mangueira, quando foi perguntado por repórteres sobre a reunião de Dilma com Garotinho no último dia 25.
— Ah! Não vou falar sobre isso. Imagina — disse o governador, saindo em seguida com sorrisos e uma rápida despedida: “tchau, tchau”.
Já o vice-governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o compromisso do governador é com o presidente Lula.
— Se ela (Dilma) acha que isso (apoio a Garotinho) soma na sua campanha, ótimo — disse Pezão.
Para um integrante do governo próximo a Cabral, a aproximação com Garotinho, porém, pode ser ruim para Dilma: — Se Dilma andar com ele, estará mal acompanhada.
Garotinho escreveu ontem em seu blog sobre a reunião com Dilma. Segundo ele, o encontro “não teve nada de secreto, foi apenas reservado. (...) Não era um evento político para chamarmos a imprensa”. O exgovernador afirmou que, por ser filiado a um partido da base aliada do governo Lula e ter uma boa relação com Dilma, “nada mais natural” do que conversar.
O deputado federal Fernando Gabeira (PV), outro pré-candidato ao governo do Rio, disse que a reunião entre Dilma e Garotinho não produz efeitos por enquanto: — Não coloquei na balança ainda. Há muitos encontros e desencontros, mas nada é decidido.
Além de Garotinho, Cabral tem outro problema para resolver em Brasília. Não há em sua chapa vaga para a candidatura à reeleição do senador Marcelo Crivella (PRB). O governador apoia o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, pré-candidato ao Senado.
Neste caso, a chapa de Cabral seria formada por Picciani e um nome indicado pelo PT — o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, ou a secretária de Assistência Social do governo Cabral, Benedita da Silva.
A obstinação de Lula para ajudar Crivella o levou a colocar Lindberg contra a parede, em encontro com o prefeito e Cabral, há três semanas, no Rio. Na conversa, o presidente tentou demover o petista de concorrer, argumentando que não considera uma boa escolha abandonar mandato no meio para concorrer a uma outra eleição.
Lindberg resistiu à argumentação de Lula. O presidente, então, informou ao petista e a Cabral que eles teriam de “dar um jeito” de incluir Crivella na chapa.
(Cássio Bruno, Flávio Tabak e Taís Mendes)
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