Deputado se aproxima do DEM e do PSDB em busca de apoio para disputar governo estadual
Italo Nogueira
RIO - As eleições deste ano aproximaram o deputado federal Anthony Garotinho (PR) de dois partidos que o combateram no passado, o DEM e o PSDB, numa tentativa de fortalecer a oposição ao governador Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro.
Enfraquecidos, os partidos que fazem oposição à presidente Dilma Rousseff no plano nacional gravitam no Estado em torno de Garotinho. Ele espera contar com a ajuda desses partidos para tentar voltar ao Palácio Guanabara nas eleições de 2014.
O trio tenta combater a aliança de 19 partidos que sustenta Cabral. O PMDB tem 36 prefeituras, mas o governador tem o apoio de 91 dos 92 prefeitos do Estado. A única na oposição é a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), mulher do deputado.
Garotinho estima que seu partido conseguirá 30 prefeituras nas eleições municipais deste ano, seja na cabeça de chapa, seja com aliados. O PR será cabeça de chapa em mais de 60 das 92 cidades e ocupará a vice em 12 municípios.
"No Rio há a máquina do governo e o PR. Em torno do PR construímos alianças com outros partidos, especialmente o DEM, e estamos próximos do PSDB", disse Garotinho.
Na capital, o PR apoia a candidatura do deputado federal Rodrigo Maia (DEM), filho do ex-prefeito César Maia. Sua vice deverá ser a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), filha do deputado.
"A aliança com o PR é tática. Temos só três partidos de oposição. É importante sair do isolamento", disse Maia.
O DEM terá cerca de 20 candidatos no Estado. O PSDB, cerca de 35. "PR é nosso aliado preferencial. A oposição tem que evitar que o PMDB tome conta dos 92 municípios do Rio", disse o deputado estadual Luiz Paulo (PSDB).
Em 2010, Garotinho foi o deputado federal mais votado da história do Rio. Ele pretendia disputar o governo, mas como a candidatura poderia ser cassada pelo TSE, decidiu concorrer à Câmara.
Planejando a volta ao governo, Garotinho evita falar dos planos para 2014. "Isso vamos discutir na frente, mas é natural. Era candidato a governador na eleição passada [em 2010]. Fui vítima de uma grande armação", declarou.
Embora bem votado na eleição de 2010, o PR foi prejudicado pela criação do PSD. Dos nove prefeitos eleitos pelo sigla, quatro migraram para a base de Cabral.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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