Sustentando que as conversas não foram iniciadas, governador diz que circunstâncias definirão hora das articulações
Gabriela López
Em ato com a juventude camponesa foi instado a vestir uma camisa vermelha, cor do PT
Enquanto o PSB está em polvorosa com as costuras em torno da escolha do nome que disputará a sucessão estadual, o governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB) sustenta publicamente o discurso de que as conversas ainda não começaram.
Em dezembro, o próprio socialista afirmou em entrevista à imprensa que iniciaria as discussões este mês. Agora, em meio ao tititi dos aliados, diz que vai começar o debate no momento adequado, sem entrar em detalhes. “Não tem um regulamento, uma lei, dizendo quando é a hora (de iniciar as conversas), são as circunstâncias”, limitou-se a comentar, em conversa com jornalistas nessa sexta-feira, durante passagem no 3º Congresso Nacional da Juventude Camponesa, no Recife.
Tanto na chegada ao evento como na saída o governador falou com a imprensa e finalizou as entrevistas exatamente quando foi questionado sobre a sucessão estadual. Uma demonstração da preocupação para não levar a discussão a público.
O esforço do governador de não “vazar” o teor das conversas é tanto que anteontem o secretário de Imprensa de Pernambuco, Evaldo Costa, soltou uma nota para negar as especulações que circulam nos jornais. “Informo que não há qualquer definição quanto à candidatura do PSB à sucessão do governador Eduardo Campos”, ressaltou.
Eleição
Em discurso no Congresso, o socialista voltou a provocar o PT afirmando que a juventude do Brasil “quer mais”, porém “não do mesmo jeito”. “Queremos uma sociedade que possa falar de outros valores, além do consumismo individual e das rinhas políticas que não levam a nada”, declarou.
O governador enfrentou uma saia-justa ao subir no palanque. Participantes do evento entregaram a ele alguns presentes, entre eles a camisa do Congresso, que é vermelha, cor relacionada aos petistas. A plateia pediu em coro que ele vestisse a roupa e, após alguns segundos de resistência, ele colocou.
Em conversa com a imprensa após o evento, ele preferiu pôr fim à polêmica em torno de texto ofensivo postagem no perfil institucional do PT no Facebook – que o chamou de “vendido à oposição” e “tolo” –, ao não comentar o recado dado um dia antes pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-geral da Presidência) em passagem por Pernambuco para o mesmo evento. Segundo o petista, “as críticas ao opositor serão feitas, mas serão pautadas pelas posturas políticas do socialista e não no aspecto pessoal”.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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