Gabriela Terenzi, José Marques – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - Em sabatina realizada pela Folha, pelo portal UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) afirmou que não aceitará as regras do governo cubano para pagamento de profissionais do programa Mais Médicos, instituído pelo governo federal em 2013.
Atualmente, as bolsas pagas aos médicos brasileiros e estrangeiros é de R$10 mil. Porém, diferentemente dos outros países, a remuneração dos profissionais cubanos é paga ao governo do país e apenas R$3.000 chegam ao bolso dos médicos.
O ex-governador de Minas Gerais (2003-2010) disse que esse acordo terá que ser refeito, mas não explicou como garantirá que o atual número de profissionais será mantido caso Cuba não aceite um novo acordo.
Hoje, cerca de 80% dos médicos do programa federal no Brasil são provenientes de Cuba.
"Nós vamos manter os Mais Médicos, vamos fazer com que eles se qualifiquem e estabelecer novas regras para os médicos. Não vamos aceitar as regras do governo cubano", disse o senador no evento que acontece nesta quarta-feira (16) no Teatro Folha, em São Paulo.
O senador também afirmou que o atual governo "financia" Cuba com parte da remuneração dos médicos.
Para o tucano, os profissionais estrangeiros devem ser qualificados no Brasil e passar pelo exame Revalida, que "nacionaliza" os diplomas.
Aécio também disse que a saúde não pode ser "circunscrita" ao programa Mais Médicos. A política é uma das principais vitrines da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) para a eleição deste ano.
O presidenciável também falou de outro programa implementado em governo petista, o Bolsa Família. Ele promete que o programa será aprimorado, não extinto. Uma de suas propostas é de aumentar o valor do repasse para pais de alunos que obtêm notas mais altas.
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