Temos
o coquetel perfeito para novos surtos com consequências letais
Em
privado, Bolsonaro revela suas reais intenções sem medo. Na reunião ministerial
de 22 de abril de 2020, depois tornada pública pelo STF, disse com todas as
letras que queria o povo armado para resistir às ordens de governadores. Seu
sonho se aproxima da realidade com o decreto
de armas que entraria em vigor nesta terça (13) e teve trechos
suspensos pela ministra Rosa Weber.
No
que depender de Bolsonaro, a produção e venda de armas e munições no país fica
mais facilitada e menos rastreada. O laudo de capacidade técnica para se armar
será emitido, não pelas autoridades, mas por clubes de tiro. O limite de armas
e munições que cada um pode ter deve ser generosamente aumentado. Para
atiradores, chega a 60 armas. E poderão ainda andar com elas carregadas por aí.
Milicianos agradecem.
Em
post desta segunda (12), diz Bolsonaro: “Hoje você está tendo uma amostra do
que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores”. Sim, no discurso
bolsonarista, as medidas restritivas têm como objetivo implantar uma ditadura
comunista.
Ao fim do post, conclui o presidente: “Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e ... prepare-se”. O recado está dado, e os meios para se “preparar” também. População armada e alimentada com propaganda sediciosa em seus celulares. Policiais chamados ao motim. Quantos desses jovens PMs, por sinal, serão alunos de Olavo de Carvalho, que oferece seu curso —nada mais do que fanatização sectária— gratuitamente a policiais desde 2019? Como se não bastasse a Covid, agora temos que lidar também, e cada vez mais, com o terrorismo bolsonarista.
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