O Globo
Em interrogatório no STF, almirante negou ter
oferecido tropas para golpe de Bolsonaro
Descrito como o mais radical dos comandantes
militares nomeados por Jair
Bolsonaro, o almirante Almir Garnier disse ter ficado “muito triste” com os
atos golpistas de 8 de Janeiro.
No primeiro interrogatório desta terça, Garnier cumpriu à risca a estratégia de sua defesa e negou todas as acusações feitas pela Procuradoria e por ex-colegas de farda.
Disse que não tinha críticas às urnas
eletrônicas, que não conspirou com o então ministro da Defesa, que não ouviu o
comandante do Exército ameaçar Bolsonaro de prisão e que nunca pôs tropas à
disposição para um golpe.
O almirante classificou como “coincidência” o
desfile de tanques enfumaçados da Marinha no mesmo dia em que o Congresso
decidiria sobre o voto impresso.
Frio e sem alterar o tom de voz, Garnier se
apresentou como um militar disciplinado e cumpridor de ordens. E ainda se
permitiu alfinetar o brigadeiro Baptista Júnior, testemunha de acusação no
processo, e o tenente-coronel Mauro Cid, a quem chamou de "coronel
delator"
“Quem fala demais dá bom dia a cavalo”, disse
o réu, ao fim do interrogatório.
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