DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Sempre que as pesquisas eleitorais são publicadas, surgem os questionamentos. Em geral as críticas se baseiam nos resultados diferentes entre institutos, além da margem de erro. Uma pesquisa de opinião pública, sobre qualquer questão, depende de a informação ter chegado às pessoas. Fazer uma pesquisa de opinião no Brasil sobre os conflitos subnacionais na Bélgica neste momento não dará nenhum resultado, mesmo que parte das pessoas marque uma resposta. Da mesma forma, quando a informação a ser pesquisada é restrita, a pesquisa não testa opinião pública. Por exemplo: você acha que o Copom vai aumentar, diminuir ou deixar os juros iguais?
O processo básico para que uma pesquisa eleitoral traduza o que pensa a opinião pública é que o "jogo de coordenação" (expressão técnica) tenha se desenvolvido. Num processo eleitoral, a opinião das pessoas vai se formando em contato com a opinião de outras pessoas.
Elas recebem informações dos candidatos e dos meios de comunicação e conversam entre si. É esse processo de tomada de decisão, a partir das conversas entre as pessoas, o que se chama de "jogo de coordenação". Longe do processo eleitoral, quando os partidos ainda não iniciaram suas campanhas, sem sua própria TV/rádio, e a imprensa ainda não priorizou a cobertura, as informações que chegam aos eleitores ainda são diluídas. Vale a memória dos nomes.
No caso da eleição presidencial deste ano, um dos candidatos tem o nome mais conhecido por sua participação em outras eleições e em governos. O presidente da República, por um ano e meio, foi reduzindo essa vantagem, divulgando o nome de sua candidata e buscando colá-la às realizações do governo.
Mas quando o processo se abre e a mídia amplia os espaços pré-eleitorais é que se inicia o "jogo de coordenação". Os candidatos procuram colocar seus nomes e propostas no meio desse "jogo", assim como desqualificar os seus adversários. As pessoas passam a tratar do tema progressivamente. O "jogo" esquenta quando entra a TV dos candidatos.
As pesquisas, portanto, medem, de início, opiniões frias, e vão retratando de forma crescente a tendência efetiva da opinião eleitoral, a meio do "jogo de coordenação".Os fatos eleitorais vão afetando esta opinião pública, mantendo ou alternando tendências.
Dessa forma, as pesquisas divulgadas nestes meses falam da opinião pública, antes do "jogo de coordenação".
Os candidatos, em suas campanhas, vão influenciando esse "jogo" de maneira a que as conversas estimuladas pela propaganda, direta e indireta, produzam, no final, decisões a seu favor.
E as pesquisas, que no início apenas faziam diagnóstico, no final passam a fazer prognóstico.
Sempre que as pesquisas eleitorais são publicadas, surgem os questionamentos. Em geral as críticas se baseiam nos resultados diferentes entre institutos, além da margem de erro. Uma pesquisa de opinião pública, sobre qualquer questão, depende de a informação ter chegado às pessoas. Fazer uma pesquisa de opinião no Brasil sobre os conflitos subnacionais na Bélgica neste momento não dará nenhum resultado, mesmo que parte das pessoas marque uma resposta. Da mesma forma, quando a informação a ser pesquisada é restrita, a pesquisa não testa opinião pública. Por exemplo: você acha que o Copom vai aumentar, diminuir ou deixar os juros iguais?
O processo básico para que uma pesquisa eleitoral traduza o que pensa a opinião pública é que o "jogo de coordenação" (expressão técnica) tenha se desenvolvido. Num processo eleitoral, a opinião das pessoas vai se formando em contato com a opinião de outras pessoas.
Elas recebem informações dos candidatos e dos meios de comunicação e conversam entre si. É esse processo de tomada de decisão, a partir das conversas entre as pessoas, o que se chama de "jogo de coordenação". Longe do processo eleitoral, quando os partidos ainda não iniciaram suas campanhas, sem sua própria TV/rádio, e a imprensa ainda não priorizou a cobertura, as informações que chegam aos eleitores ainda são diluídas. Vale a memória dos nomes.
No caso da eleição presidencial deste ano, um dos candidatos tem o nome mais conhecido por sua participação em outras eleições e em governos. O presidente da República, por um ano e meio, foi reduzindo essa vantagem, divulgando o nome de sua candidata e buscando colá-la às realizações do governo.
Mas quando o processo se abre e a mídia amplia os espaços pré-eleitorais é que se inicia o "jogo de coordenação". Os candidatos procuram colocar seus nomes e propostas no meio desse "jogo", assim como desqualificar os seus adversários. As pessoas passam a tratar do tema progressivamente. O "jogo" esquenta quando entra a TV dos candidatos.
As pesquisas, portanto, medem, de início, opiniões frias, e vão retratando de forma crescente a tendência efetiva da opinião eleitoral, a meio do "jogo de coordenação".Os fatos eleitorais vão afetando esta opinião pública, mantendo ou alternando tendências.
Dessa forma, as pesquisas divulgadas nestes meses falam da opinião pública, antes do "jogo de coordenação".
Os candidatos, em suas campanhas, vão influenciando esse "jogo" de maneira a que as conversas estimuladas pela propaganda, direta e indireta, produzam, no final, decisões a seu favor.
E as pesquisas, que no início apenas faziam diagnóstico, no final passam a fazer prognóstico.
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