Levantamento JC/IPMN, dias 12 e 13 deste mês, dá sinais de crescimento do prefeito em sua corrida à reeleição, enquanto principais opositores perderam indicações, mesmo que na margem de erro e com cenários diferentes da pesquisa anterior.
João da Costa dá sinais de avanço e oposições penam
Nova pesquisa JC/IPMN sinaliza avanços do prefeito, embora sua gestão continue tendo alta reprovação
Mesmo com toda a novela que se arrasta no PT, expondo a falta de unidade do partido com o seu projeto de reeleição, e com a sua gestão sendo reprovada por 45% dos eleitores (soma dos que a consideram “ruim” ou “péssima”), o prefeito João da Costa desponta com o maior avanço na segunda rodada da pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IMPN) – em parceria com o Jornal do Commercio – sobre o cenário da sucessão no Recife. O levantamento, realizado nos dias 12 e 13 deste mês, dá sinais de crescimento de João da Costa, não apenas no quesito eleitoral, mas em alguns dos itens pesquisados para levantar os Sentimentos dos eleitores – captados em várias tabelas da metodologia utilizada pelo instituto. Alguns dentro da margem de erro (3,5 pontos percentuais para mais ou para menos), outros fora.
A própria avaliação da gestão sinaliza o avanço de João da Costa: se agora 45% dos eleitores a reprovam, na pesquisa anterior, realizada em janeiro, esse índice era de 52%. Outros dados: se antes 20% diziam que ele “merecia ser reeleito”, agora são 25%, se em janeiro 75% diziam que “não merecia ser reeleito”, agora são 73%, se antes 8% consideravam João da Costa o “mais preparado” para governar o Recife, agora são 14%. E por aí vai, embora na pergunta sobre “qual o político que você tem medo” que se eleja, a oscilação foi negativa para o prefeito – subiu de 34% para 42%.
Repetindo o mesmo quadro da pesquisa anterior, de janeiro, o novo levantamento – registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) sob o número 00009/2012 – volta a mostrar um número alto de eleitores (40%) que, hoje, apontam para o voto “em branco” ou “nulo”, nos cenários em que João Paulo não aparece entre os postulantes. E, também mais uma vez, o deputado federal e ex-prefeito é visto como o nome mais forte para a disputa, o que só alimenta o dilema interno do PT, visto que é bastante improvável que ele saia candidato (veja artes e matérias na página 4). Nos quatro cenários com João da Costa sendo o candidato do PT – hipótese mais provável –, o petista lidera todos, em três deles num empate técnico com o deputado Mendonça Filho (DEM), que continua o nome das oposições mais forte, sendo que as oposições – como na pesquisa de janeiro – seguem sem empolgar o eleitor.
Embora os cenários da atual pesquisa sejam diferentes dos adotados na anterior, o que desaconselha comparativos de intenção de votos entre ambos, é cabível – destaca o economista Maurício Romão, um dos coordenadores da pesquisa – verificar a “evolução da média de intenção de votos dos cenários em que duas pré-candidaturas aparecem simultaneamente, concorrendo juntas”. Esse cotejamento feito pelo próprio Romão aponta avanços de João de Costa, que tem aumentado suas intenções de voto (veja quadros).
Considerando todos os aspectos, a nova pesquisa, assim, sinaliza para perdas de intenção de votos dos pré-candidatos das oposições (algumas dentro da margem de erro) – Raul Henry (PMDB), Jungmann (PPS) e Daniel Coelho (PSDB), além de Mendonça.
Nas oposições, Mendonça lidera
Embora a gestão João da Costa tenha alta reprovação e o prefeito enfrente alta rejeição – em um item da pesquisa 71% apontam “não votaria de maneira nenhuma” nele, o levantamento JC/IPMN não sinaliza bom cenário para os pré-candidatos das oposições.
Deles, o de melhor performance continua sendo Mendonça (DEM), que em três cenários da pesquisa estimulada aparece em empate técnico com o petista, mas sempre em posição inferior (13% a 20% no cenário 1, 17% a 21% no 3, e 16% a 21% no 4). Nenhum dos oposicionistas consegue ficar (individualmente) à frente do atual prefeito nas intenções de voto.
Na pergunta sobre em quem “não votaria de maneira nenhuma”, na qual Costa amarga 71%, Mendonça aparece com 62%, Raul Henry (PMDB) com 78% e Raul Jungmann (PPS) e Daniel Coelho (PSDB) com 81%. Os dois últimos com a ressalva de que ainda são pouco conhecidos do eleitor.
“Apesar da rejeição do prefeito João da Costa e da reduzida aprovação do seu governo, o prefeito está confortável. As circunstâncias, no momento, lhe favorecem: existe uma imensidão de eleitores que não optam pela oposição”, diz o cientista político Adriano Oliveira, coordenador da pesquisa do IPMN, com Maurício Romão e o estatístico Carlos Gadelha.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO
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