Crise de representatividade
Cientistas políticos preveem o incremento da abstenção, dos voto branco e nulo em 2014. Os protestos de junho teriam revelado um crescente inconformismo com a política. Os eleitores não aceitam o comportamento e os privilégios dos políticos. Na eleição (2012) para prefeito de São Paulo estes votos foram de 32%. Em 2010, no pleito para presidente foram de 25% (1º turno) e 28% (2º turno).
O desafio dos candidatos
Estes cientistas políticos avaliam que o eleitor cansou de lero lero e está à espera de gestos e atitudes. Um deles avalia: “Não há lugar para um caçador de Marajás, mas para quem, como o Papa Francisco, dê o exemplo”. O desafio dos candidatos será o de encarnar este político. “O eleitor vai escolher entre os nomes existentes. O índice dos que querem oxigenar o Legislativo costuma ser de 60%, mas a renovação média é de 30%”, diz o diretor de um instituto de pesquisa. Essa disparidade ocorre, explica, devido ao nível de conhecimento dos candidatos e à capacidade deles se venderem à imagem e à semelhança do que a população quer para dirigir seus destinos.
“Durante a jornada de junho vimos o aparato repressor da PM nas ruas coibindo movimentos sociais e ativistas” Partido dos Trabalhadores
Texto de moção aprovada no recente Congresso do partido que reivindica o fim das polícias militares dos estados
A encarnação da rebeldia
A candidatura do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), segundo analistas políticos, tem limitações para capitalizar o voto de protesto. Ele não é conhecido, como a ex-senadora Heloísa Helena, e nem há tempo para gerar sua marca.
Telefone sem fio
Os petistas estão em campanha contra a ida do ex-ministro Ciro Gomes para a Saúde. Eles querem demover a presidente Dilma e conquistar apoio do ex-presidente Lula. E se deleitam, retransmitindo na rede, entrevista em que Ciro, num dos trechos, diz que Lula "está conspirando" para ser o candidato do PT nas eleições presidenciais de 2104.
Correndo atrás do voto
O candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, entra o ano montando subdiretórios em todos os bairros da capital. O do PT, Lindbergh Farias, vai reforçar sua campanha em São Gonçalo, na Baixada e no subúrbio do Rio.
Apostando no cargo
O candidato do PMDB, Luiz Fernando Pezão, vai assumir o governo do Rio em março e conta com isso para se tornar competitivo. Até lá, vai tocar os projetos de infraestrutura, que estão em suas mãos, e entregar obras, entre as quais as da região Serrana, atingida por fortes chuvas em 2012. Sua preferência é fazê-lo ao lado da presidente Dilma.
Sair do isolamento
Os candidatos ao governo do Rio do PRB, Marcelo Crivella, e do DEM, Cesar Maia, têm como prioridade, no primeiro trimestre de 2014, ampliar suas alianças eleitorais. Crivella contará com a visibilidade do Ministério da Pesca.
O cargo faz a diferença
O vice João Lyra ganhou pontos na corrida pela candidatura do PSB ao governo de Pernambuco. Ele vai assumir o governo e na eleição, Eduardo Campos, candidato a presidente, não poderá levar seu candidato pela mão, como em Recife.
A presidente Dilma tem agenda pesada até maio. Ela vai entregar nos municípios milhares de patrol, retroescavadeiras, caminhões caçamba e pipa.
Fonte: O Globo
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