Governador de Pernambuco diz que faltam eficiência e fiscalização nos gastos da União
SÃO PAULO - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), usou seu perfil no Facebook para fazer críticas ao governo federal em relação à aplicação e fiscalização do dinheiro destinado a programas como o Bolsa Família, principal bandeira do PT.
O provável candidato à Presidência usou em sua crítica números da CGU (Controladoria-Geral da União) citados em reportagem da Folha publicada na última quinta.
Como faz periodicamente, a CGU sorteou 60 cidades que recebem verba da União e executam esses programas em parceria com o governo federal com o objetivo de realizar auditoria para acompanhar a aplicação da verba.
Ao receber o dinheiro, as prefeituras devem realizar uma série de procedimentos, como comprovar que o projeto está em execução.
Mas os municípios frequentemente falham em procedimentos básicos, como a comprovação da aplicação dos recursos, fiscalização e previsão orçamentária, o que resulta em atrasos, ainda segundo o levantamento do órgão de controle do governo.
A amostragem realizada pela CGU em 60 cidades mostrou que em 98% delas foram identificadas falhas no Bolsa Família e na construção de creches, pré-escolas e UBSs (unidades básicas de saúde).
"Não adianta simplesmente criar um programa e achar que o problema está resolvido. Você precisa estabelecer metas, acompanhar de perto, fiscalizar, fazer ajustes. Administrar não é apenas reunir ideias, mas sim executá-las com eficiência", escreveu o político do PSB.
Sobre o aprimoramento da administração pública, Eduardo Campos fez referência às manifestações de junho, quando parte da população foi às ruas, entre outras coisas, para pedir uma melhora dos serviços públicos.
"A falha normalmente está em procedimentos básicos que poderiam ser evitados com um mínimo de fiscalização", disse.
"Com isso, muito dinheiro se perde. E estamos falando de dinheiro de impostos, que poderia ser usado em desdobramentos dessas ações. Com esse dinheiro escoando pelo ralo, não é à toa que essas ações estão estacionadas, sem desenvolver a vida de ninguém".
No texto, postado anteontem na rede social, ele louva seu trabalho no Estado e afirma que sua administração se tornou "modelo de gestão".
Fonte: Folha de S. Paulo
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