• Segundo o pré-candidato, antes de gravar depoimento, ele precisa da ajuda para chamar a sociedade brasileira para o debate
Cássio Bruno – O Globo
RIO - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, fez um apelo à classe artística, na noite desta terça-feira, no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Zona Sul do Rio, para que o ajude nas eleições de outubro. O ex-governador de Pernambuco participou de um jantar com artistas ao lado da pré-candidata a vice em sua chapa, a ex-senadora Marina Silva.
- Nós precisamos de ajuda! Antes do voto, de gravar depoimento, do engajamento, precisamos da ajuda para chamar a sociedade brasileira para o debate e para animar a juventude. O Brasil está no caminho perigoso para a democracia, para a economia e para os mais pobres que não conquistaram quase nada - discursou Campos, que à tarde visitou o centro cultural do AfroReggae, em Vigário Geral.
O encontro foi promovido pelo tio do pré-candidato, o diretor de cinema Guel Arraes. A imprensa não teve acesso ao local e foi proibida de fazer imagens do evento a pedido dos convidados, segundo informaram os organizadores. Boa parte dos artistas, produtores culturais e diretores de cinema, TV e teatro têm contratos de patrocínio com instituições ligadas ao governo Dilma Rousseff, que tentará a reeleição pelo PT, como Caixa Econômica Federal e Petrobras.
Eduardo Campos fez duras críticas ao governo federal. Ele lembrou da crise da Petrobras e do setor energético. Segundo o ex-governador, ele e Marina optaram “pelo caminho mais duro”.
- Foi uma decisão de não nos integrarmos a conveniência do poder pelo poder. Vamos pelo caminho mais duro. Precisamos mostrar que a sociedade deve participar dessa eleição mais do que qualquer outra. Há um esforço de quem está no poder para que a sociedade não participe e para que a juventude ache que não vale a pena - afirmou ele, que respondeu a perguntas da plateia.
O pré-candidato também lembrou:
- Estamos há quatro meses (das eleições) para uma decisão importante que vai definir as conquistas do futuro do Brasil.
Em seu discurso, Marina Silva atacou a área ambiental do governo Dilma. Segundo a ex-senadora, a escolha da aliança com Eduardo Campos foi uma tentativa de evitar a “estagnação do poder pelo poder”.
- Não foi apenas uma opção de palanque. Foi uma questão de legado para fazer com que a política se renove e para evitar a estagnação do poder pelo poder - disse ela.
No fim, Marina declarou aos convidados:
- Esse jovem governador (Eduardo Campos) sabe da responsabilidade que está sobre os seus ombros.
Na lista de presentes estavam Marco Nanini, Marcos Palmeira, Beth Goffman, Eriberto Leão e Alceu Valença.
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