• STF remete ao Paraná documentos sobre suspeita de arrecadação ilegal
Vinicius Sassine e Carolina Brígido - O Globo
- BRASÍLIA- O inquérito aberto no Supremo ( STF) para investigar o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, não será a única frente de apuração de supostas irregularidades nas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava- Jato, já decidiu encaminhar para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, documentos que apontam suspeitas de arrecadação ilegal por parte das coordenações das campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2010. Edinho foi o tesoureiro em 2014 e, por ser ministro, tem foro privilegiado.
Entre os que poderão ser investigados em novos inquéritos na 1 ª instância da Justiça Federal estão o ex- deputado e ex- secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo José de Filippi Júnior e o ex- tesoureiro do PT João Vaccari Neto, segundo fontes com acesso às investigações. Filippi foi tesoureiro da campanha de Lula em 2006 e da campanha de Dilma em 2010. Vaccari só deixou a Secretaria de Finanças do PT após ser preso na Lava- Jato, em abril. Os dois foram citados em depoimentos na delação do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.
Segundo Pessoa, a campanha de Lula contou com repasses em espécie, sem registro no Tribunal Superior Eleitoral. A verba seria proveniente de consórcio com obras no exterior, integrado pela UTC. A entrega foi feita no comitê da campanha, conforme o empreiteiro. Pessoa relatou entregas de dinheiro a pedido de Vaccari.
O GLOBO apurou que a forçatarefa do Ministério Público Federal já foi avisada sobre o compartilhamento da delação do dono da UTC, em que ele detalha supostas irregularidades nas campanhas petistas. A expectativa dos investigadores é receber os depoimentos até quarta- feira. Os casos serão analisados individualmente e podem resultar em inquéritos diferentes.
O ex- ministro Antonio Palocci já é investigado na 1 ª instância por conta de suspeitas de arrecadação ilegal na campanha de Dilma em 2010, delatada pelo ex- diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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