A troca seria feita para que Maia ganhasse apoio na disputa para um novo mandato na presidência da Câmara
Cristian Favaro |O Estado de S.Paulo
O presidente da Câmara e pré-candidato à Presidência pelo DEM, Rodrigo Maia (RJ), rechaçou os rumores de que sua candidatura ao Planalto seria retirada para que apoiasse, junto com o PP, Ciro Gomes, do PDT. A troca seria feita para que Maia ganhasse apoio na disputa para um novo mandato na presidência da Câmara. "Se eu quisesse apenas ser presidente da Câmara, pode ter certeza que eu não precisaria pôr meu nome para a disputa presidencial", disse Maia, em entrevista ao programa Band Eleições, transmitido pela Band na madrugada desta terça-feira, 15.
A fala de Maia veio após ser confrontado sobre uma reportagem do jornal O Globo, de segunda-feira, em que uma fonte próxima ao parlamentar teria dito: "Falando muito francamente, ninguém aposta na candidatura de Rodrigo".
O presidente da Câmara disse que a sociedade está impondo o início de um novo ciclo político e negou envolvimento em casos de corrupção.
"Todos estão respondendo individualmente pelo que há e o que não há a seu respeito. Se há algum avanço na democracia brasileira, é exatamente a possibilidade de as pessoas poderem responder inquéritos de acusação e, se culpados, serem condenados, e se não, serem absolvidos. O que tenho certeza é que todos entenderam que não dá para fazer política da forma que se fazia", argumentou.
Maia confrontou também as afirmações de que seu desempenho na última pesquisa CNT/MDA, divulgada na segunda-feira, tenha sido ruim. Maia teve entre 0,2% - com Lula - e 0,4% das intenções de voto - sem Lula. "Quando você vê o ex-governador de São Paulo (Geraldo Alckmin) e o ex-governador do Ceará (Ciro Gomes), que deveriam estar liderando... A liderança do Bolsonaro diz que eles é que vão muito mal", argumentou. "Eu nunca fui governador do Rio", acrescentou. O cenário, segundo Maia, deve ficar mais claro nas pesquisa apenas depois de setembro. "É a campanha que vai colocar para a sociedade e revelar o que cada um construiu na sua carreira."
O deputado também se mostrou decidido em manter sua candidatura mesmo em outros cenários, como uma possível união com Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e filiado ao MDB para formar uma chapa de centro-direita. "Eu não posso ficar tirando a candidatura dos outros (em referência a Meirelles). O que eu tenho conversado com outros partidos é a necessidade de construir uma chapa com tempo de televisão e palanque nos Estados", concluiu.
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