Carolina Linhares / Folha de S. Paulo
Governador gaúcho afirma querer união em
torno de alternativa na eleição presidencial
PORTO ALEGRE - O governador do Rio Grande
do Sul, Eduardo
Leite (PSDB), afirmou que, em 2026, na eleição presidencial,
quer estar junto do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo),
e do governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas (Republicanos), para construir uma alternativa a Jair
Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
Os três governadores disputam o
espólio da direita e do bolsonarismo em uma futura eleição
presidencial –Zema e Leite miram o Planalto, enquanto Tarcísio ainda pode
concorrer a mais um mandato de governador.
"[A eleição de] 2026 não é um projeto pessoal, eu vou estar do lado do caminho que apontar para fora do PT e para fora do Bolsonaro", disse Leite em evento do Fórum da Liberdade, realizado pelo Instituto de Estudos Empresariais em Porto Alegre, nesta quinta-feira (13).
Ao lado do governador mineiro, que também
palestrou no evento, o tucano disse também: "Da minha parte não haverá
divisão, quero estar junto com Zema, quero estar junto com Tarcísio".
Zema, por sua vez, não se referiu de modo
explícito à eleição presidencial de 2026. No evento, o mineiro foi bastante
aplaudido, enquanto Leite foi vaiado –também teve apoio pontual do público em
certos momentos.
Enquanto Zema dirigiu críticas à esquerda e
a Lula, Leite mirou tanto no petista como em Bolsonaro.
O tucano afirmou que o PSDB sempre foi
oposição ao PT, mas que também não deve compactuar "com preconceito e
intolerância que identificamos ao que se evidenciou no país nos últimos
anos", em referência ao ex-presidente Bolsonaro.
Questionado sobre o governo federal, Zema
afirmou que há ressentimento com o passado e "um clima de revanchismo que
não é bom".
Os dois governadores também
criticaram os decretos de
Lula que mudam a regulamentação do novo marco
legal do saneamento. Leite e Zema defenderam a privatização das
empresas de saneamento estatal.
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