O Globo
O novo PAC, o terceiro, consiste num
apanhadão de projetos já existentes — em andamento ou prometidos, viáveis ou
não. Nenhuma novidade na forma inflada. É tão grande que conterá — basta fazer
as contas — o governo e quem lhe passar na frente. Nenhuma novidade tampouco no
mau humor do maledicente, para quem o PAC garantirá o país do futuro por meio
do país do passado.
O truque — a abertura de um guarda-chuva
publicitário, sob o qual tudo botar — é tão antigo quanto manjado. As versões
anteriores do Programa de Aceleração do Crescimento sempre aceleraram sobretudo
— e antes de tudo — nos outdoors. Não raro em detrimento da governança e da
qualidade na execução.
O Brasil virou um grande PAC, e o Rio de Janeiro um sergiocabral permanente. Diria mesmo eterno. Em tempos de orçamento secreto e emendas Pix, nunca será excessivo atentar para a capacidade de um programa de aceleração atropelar o princípio da transparência. Em tempos de distribuições pela formação de base de apoio parlamentar, nunca será exagerado imaginar o aceleramento, via PAC, das codevasfs e outras funasas.
(Registre-se que a festa do crescimento
acelerado coincidiu com o bom momento do trator Arthur Lira nos tribunais da
nação — seu PAC maior sendo a anulação, pelo STF, das provas que o implicariam
na investigação dos kits de robótica. O presidente da Câmara esteve no
convescote carioca. Todo mundo feliz. E ainda virão os fufucas ministros.
Alegria.)
Pacotões como o PAC carregam em seus
anúncios intervenções de peso — ferrovias, por exemplo — que, postas a andar,
cortariam parques nacionais e reservas indígenas e que estão muito longe de ter
licenças para avançar. É da lógica do acelerado divulgar para depois cuidar da
viabilidade. Nenhuma novidade. Tampouco nas consequências de ir com muito
ímpeto manejar dinheiros públicos em nome dos “anseios mais justos da nossa
população”. Isso atrai patriotas como a água no deserto.
Como peça de propaganda, o catadão de
iniciativas para fazer volume sempre funciona. Faz vista. Um trilhão de reais
em investimentos. Para ser preciso: R$ 1,4 trilhão em quatro anos. Uau!
De onde virá o dinheiro?
De todo canto onde houver previsão de
gastos em obras-aquisições associadas de alguma maneira ao governo federal. O
corpo do PAC engorda abarcando parcerias público-privadas e concessões.
Contabiliza até recursos da poupança para financiamentos habitacionais.
(Engloba também financiamentos a estados e municípios.)
A Casa Civil da Presidência da República
informa que, do quase trilhão e meio, mais de R$ 600 bilhões virão de
investimentos privados. É o PAC. Que vem passando o rodo.
De onde mais virá a grana? Da Petrobras. A
petroleira, mais uma vez, será a puxadora do bicho; com cerca de R$ 330 bilhões
em investimentos — quase tudo há tempos incluído no plano estratégico da
companhia. Raspe-se. Requente-se. É o PAC e é novo.
O presidente Lula, a propósito, referiu-se
a “retomar a construção de milhares de obras”. Supõe-se que também aquelas
paralisadas por falta de gestão e roubalheiras no curso das administrações
petistas. No caso das refinarias, o PAC revitalizará as empreitadas
barbarizadas — nunca concluídas — de Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj,
no Rio de Janeiro? Só esse complexo petroquímico deixou prejuízo de quase R$ 15
bilhões.
Não é porque houve corrupção dos meios nas
investigações da Lava-Jato — e houve — que não terá havido corrupção nessas
obras. Houve. Muita. Nas edições anteriores, o PAC, pretendendo atender
aceleradamente aos “anseios mais justos da nossa população”, acabou por induzir
o crescimento do petrolão. Será o “novo” do velho PAC pregão de esperança em
que se tenha aprendido algo com as bandalheiras do passado?
Não é banal o lançamento de um programa
trilionário de despesas — investimento, por lindo que seja, também é despesa —
sob um teto de gastos destelhado e sem que aprovado esteja o novo arcabouço
fiscal. Qual a mensagem?
Serão da ordem de R$ 60 bilhões os
investimentos diretos anuais do governo no PAC até 2026 — dinheiro em larga
medida inexistente para 2024, aquele que seria o ano do déficit zero. Ou
melhor: dinheiro que inexiste fiscalmente; e que depende da aprovação, na
Câmara, do texto mais frouxo conforme modificado no Senado. Qual a mensagem?
Porque grana os governos fabricam, ademais
manobrando contabilmente o Orçamento. Veja-se a exceção que se tenta pendurar
na LDO — a regra fiscal ainda num limbo, e o governo já se movendo por um
desconto. Qual a mensagem?
O histórico do PAC é de contratação de
endividamento. Aliás, o esculhambado — a começar pelo liberalismo de Bolsonaro
— teto de gastos foi uma resposta aos déficits empilhados pelas versões
originais do programa; que teriam falido o país, pudesse um país falir. Falimos
nós.
Vamos nessa de novo?
2 comentários:
PAC PAC PAC !!!!
Fizeram um PAC, depois fizeram outro PAC, e agora estão fazendo mais um PAC.
PAC PAC PAC
▪Parece criança fazendo barulho.
▪Parece alguém correndo sem saber para onde.
▪Também parece barulho de coisa caindo, desabando, desancorada.
Nos dois primeiros PAC's gastaram $Bilhões e $Bilhões! Pelo barulho da propaganda que faziam, parecia que estavam gastando $Trilhões ; deve ter passado um pouco de 1(um)$Trilhão!
Mesmo assim, é muito muito muito dinheiro!
Para quê?
P.a.r.a. quê?
▪Para pouca coisa boa , quase nada! Muito barulho por NADA !
Quer dizer:: por nada, não ; os outros PAC's causaram muita coisa, só que coisas negativas. Nos outros dois PAC's o que causaram com a gastança irresponsável foi deixar milhares de obras penduradas. M.i.l.h.a.r.e.s !
Sim:: deixaram obras p.e.n.d.u.r.a.d.as.
Sim:: m.i.l.h.a.r.e.s !
E qual foi o resultado da gastança com os PAC's anteriores e outras irresponsabilidades e orgias com dinheiro público feitas por Lula, por Dilma, pelo PT?
▪O resultado foi o de o Brasil ser mergulhado pelo PT na maior recessão da nossa economia, recessão esta verificada pela autarquia oficial incumbida de medir os ciclos econômicos, o CODACE.
Com os outros dois PAC's e outras estutices do PT o Brasil foi mergulhado em um buraco econômico enorme, do qual estamos tentando sair até hoje. Com as crises econômicas que vieram com as farras marqueteiras e sem base em fundamentos racionais que o PT faz, foram tirados só do orçamento da saúde em 2015... R$15Bilhões.
Sim:: retirados $15Bilhões da saúde naquele ano, porque o dinheiro havia acabado!!
Imaginem o que foram retirados, por causa da sujeira e incompetência que Lula e o PT cometem pelos anos a fora, da educação, da segurança, da pesquisa, dos transportes, do investimento saudável... por acabarem com o dinheiro. Isso quando não roubam!
No Brasil do PAC PAC PAC marqueteiro e enganador do PT, até a fome voltou! Mas, como sempre, preferiram não ser honestos e assumirem a sua parte de responsabilidade na volta da fome e, para enganar e fingir que não tinham parte da culpa (a outra parte da culpa foi de Bolsonaro) e afastarem o problema para longe deles os petistas ficaram gritando:: " A Fome Voltou!!! ", " A Fome Voltou!!! ".
Chega, Lula!
Chega!
●Complementando o que disse acima.
■No Brasil, a fome, de fato, não voltou ; a fome sempre esteve aqui e nunca foi embora. O que aconteceu agora, de 2014 para cá, foi que a fome voltou a crescer, como consequência da irresponsabilidade fiscal, da corrupção e dos PAC PAC marqueteiros de Lula e do PT e que depois foram agravados por Bolsonaro.
Com a crise econômica que o PT construiu e que resultou na maior recessão de nossa história, com o buraco orçamentário que o PT cavou, buraco que depois Bolsonaro aprofundou, e com os PAC's fajutos de Lula, foi com estes buracos que, já em 2014, em setembro, o dinheiro para pagar o Projeto Bolsa Família naquele mês teve que ser sacado a descoberto na Caixa Econômica, porque o dinheiro havia acabado e não tinha dinheiro nos cofres do Tesouro Federal para pagar o projeto.
*▪Na verdade, o nome do projeto contra a fome era Projeto Bolsa Escola, que Lula e o PT mudaram de nome para Bolsa Família para dizer que o projeto era deles e que eram eles que combatiam a fome. Depois, Bolsonaro fez a mesma coisa que o PT e mudou o nome do projeto para Auxilio Brasil ;
*▪Quando Fernando Henrique lançou o Bolsa Escola, os deputados do PT e Bolsonaro, à época, votaram CONTRA o projeto ;
*▪Sacar dinheiro a descoberto na Caixa Econômica para pagar o projeto contra a fome em alguns meses do ano de 2014 foi um dos crimes que levaram ao impeachment de Dilma, impeachment que o PT, para enganar, como sempre, diz que foi golpe. Golpe é gritar que é golpe, como o próprio ladrão grita quando sai correndo:: "Pega ladrão!" "Pega ladrão!" e o ladrão é ele, que grita para enganar enquanto corre.
Por final, a porcaria que o PT fez no Brasil, sustentada por mentiras, ódios e agressões contra os adversários, deu em coisa ainda pior que aumento da fome:: deu em Jair Bolsonaro.
Bolsonaro se aproveitou da crise econômica fermentada pelo PT e de o PT ter estraçalhado adversários politicos mais saudáveis com o emprego do ódio, de mentiras e de leviandades para ocupar o espaço eleitoral e se eleger presidente. E Bolsonaro fez isso produzindo e espalhando o mesmo ódio contra todos que o PT sempre produziu e espalhou.
Agora, no Brasil de Lula e de Bolsonaro, o que está sobrando é crise na economia e ódio duplo. Lula e Bolsonaro dobraram a crise econômica e dobraram o ódio no Brasil, ódio que com a briga entre os dois populistas foi generalizado!
E Lula está triplicando o PAC marqueteiro. Lula novamente vai fazer dívida, jogar o Brasil em mais uma aventura "desenvolvimentista" enganadora e deixar para trás, mais uma vez, milhares de obras inacabadas e penduradas.
Chega, Lula!
Chega!!!!
Mas do que adianta não fazer o "L", mas fazer o "B"? Temos que tirar os dois populistas e irresponsáveis, não um só!
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