segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Quaest aponta preferência por Lula e racha na direita

Rafaela Gama / O Globo

Ex-coach e governador de São Paulo podem disputar apoio de eleitores de Bolsonaro, apesar da liderança do atual presidente em intenções de voto

Rio de Janeiro - Ema sondagem divulgada pela Quaest neste domingo sobre a eleição presidencial de 2026, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dividem as intenções de voto de eleitores de direita, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume a liderança geral. Os dados foram antecipados pelo colunista Lauro Jardim.

Em um cenário sem Jair Bolsonaro nas urnas, 32% dos eleitores declarariam apoio ao atual presidente, enquanto 18% afirmam que votariam em Marçal, e 15% em Tarcísio. O instituto ouviu 2.000 eleitores entre os dias 25 e 29 de setembro, antes do primeiro turno da disputa municipal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ao questionar qual seria o candidato mais forte contra Lula em uma disputa sem Bolsonaro, a Quaest registrou que Marçal aparece pela primeira vez entre as preferências do eleitorado para a próxima eleição presidencial, estreando com 15%.

Derrotado no primeiro turno na disputa pela prefeitura de São Paulo por menos de um ponto percentual, o ex-coach surge na frente do governador de São Paulo, que registra 13%. O levantamento, no entanto, foi feito antes da publicação por Marçal de um laudo falso contra seu adversário na capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL).

Apesar de ter sofrido um recuo de três pontos percentuais em relação à última pesquisa, feita pelo instituto em julho deste ano, Tarcísio segue como o preferido do presidente do diretório nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Em uma entrevista a GloboNews na última sexta-feira, o cacique da sigla do ex-presidente afirmou que Tarcísio é o "número 1 da fila" que o partido deve apoiar na disputa de 2026 para o Planalto.

Queda de Michelle

Em seguida, aparece a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), que no levantamento anterior era a alternativa vista como a mais forte por 23% dos eleitores, mas agora contabiliza 12%. Antes com 6%, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), registra atualmente 4%, o mesmo percentual mantido pelo governador de Goiás Ronaldo Caiado (União).

Já Romeu Zema (Novo), que comanda o estado de Minas Gerais, oscilou de 4% para 3%. No entanto, 49% dos eleitores não soube dizer ou não quis responder quem seria o mais indicado para uma disputa nas urnas com Lula daqui a dois anos.

Considerando somente a opinião de eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2022, os nomes de Michelle, Tarcísio e Marçal aparecem empatados dentro da margem de erro, com 24%, 23% e 22%, respectivamente. Caiado permanece com 4%, enquanto Ratinho Júnior e Zema registram 3% cada. Nesse segmento, o percentual de eleitores que não soube ou não respondeu chega também a 20%.

Mais eleitores são contrários à reeleição de Lula

Apesar de liderar em intenções de votos na sondagem geral feita instituto, o percentual de eleitores que acredita que Lula não deveria se candidatar novamente em 2026 cresceu cinco pontos, subindo de 53% para 58% em três meses. Aqueles que são a favor de mais uma tentativa de Lula são 40% agora, mas em julho representavam 45% dos entrevistados.

A rejeição à hipótese de um quarto mandato de Lula é maior entre eleitores de renda domiciliar média, alcançando a máxima de 61% entre aqueles que recebem de dois a cinco salários mínimos. Já o apoio à possibilidade do atual presidente concorrer novamente é maior entre o público de baixa renda, segmento em que 44% é a favor de uma nova candidatura de Lula, mas 56% é contrário.

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