“Neste país de amnésicos, vale recordar o velho Marx, pois do PT, um partido de esquerda, poderíamos esperar tudo, menos a aliança Lula-Maluf. Marx dizia que, ao longo da história há fenômenos que podem se repetir: na primeira vez, ocorrem como tragédia; na segunda, como farsa. Historicamente, na prática, Paulo Maluf contradiz Marx, pois a primeira vez que ocupou posto público foi farsa, a segunda também, a terceira idem, e assim sucessivamente, até essa semana de sucesso... Mas Marx nunca foi bem lido por eles, ou talvez nem sequer lido, e muito menos pensado, sobretudo em suas páginas incômodas sobre os lumpesinatos - de onde provêm a massa dos eleitores de Maluf - que, despidos de ideologia ou filosofia, topam qualquer parada e constituem um freio para o avanço da História.”
Carlos Guilherme Mota, historiador, é professor emérito da FFLCH-USP e professor titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Escreveu, entre outros livros, Ideologia da Cultura Brasileira (Editora 34). 'Neocoronelismo urbano'. Aliás / O Estado de S. Paulo, 24/6/2012.
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