domingo, 25 de novembro de 2012

Presidente do PSDB-MG diz que senador agirá no tempo certo

Preocupações paroquiais ofuscam as questões de alcance nacional

Nesses quase dois anos de Senado, Aécio construiu um discurso de fortalecimento dos municípios em sua relação com a União - ação de alcance nacional -, mas tem se empenhado sobretudo em questões paroquiais, como a criação do Tribunal Regional Federal de Minas.

Agora, mergulhou de cabeça na defesa da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) na discussão da medida provisória que estabelece condições para prorrogação dos contratos de energia elétrica, com receita menor para as empresas. O governo pretende reduzir a tarifa para o consumidor em 20%. Aécio ameaça ir à Justiça porque considera a ação intervencionista e alega quebra de contrato.

O senador diz que há outras formas de baixar a conta sem onerar as empresas, mas o Palácio do Planalto e seus aliados pretendem explorar o discurso de que o tucano age contra a redução da tarifa de energia.

Por enquanto, Aécio evita se expor como presidenciável, deixando sua defesa para os aliados. Presidente do PSDB de Minas, o deputado federal Marcus Pestana afirma que Aécio é candidato, sim, a presidente da República em 2014 e que trabalha muito nos bastidores. Sobre a preocupação de aliados e as críticas de políticos de vários partidos, Pestana disse que é questão de estilo:

- Ele é candidato a presidente em 2014, não há a menor dúvida. É questão de estilo. Ele se forjou na escola do avô, e a marca dessa escola é a administração do tempo. Engana-se quem acha que ele não está agindo. Tancredo já dizia que um candidato não pode ficar no sereno muito tempo, e que uma decisão certa na hora errada é uma decisão errada.

Nos palanques deste ano, Aécio procurou nacionalizar seu nome: foi a capitais como João Pessoa, Salvador, Manaus, Recife, Teresina e Maceió e se aproximou ainda mais do presidente do PSB, Eduardo Campos, de olho em aliança em 2014.
 
Fonte: O Globo

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