Governador inicia uma série de seminários sobre desenvolvimento que poderão virar seu programa de governo
Luciana Nunes Leal, Sergío Torres
RIO - No caminho para se tornar conhecido fora de seu Estado e testar a aceitação de uma possível candidatura à Presidência, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), tem se voltado para o Sudeste e ao empresariado. Em outra frente, começou pelo Rio uma série de dez seminários sobre desenvolvimento que resultará, até o fim do ano, nas bases para um possível programa de governo.
A série de debates Oficinas - Diálogos do desenvolvimento brasileiro, iniciada ontem na PUC-Rio e organizada pela Fundação João Mangabeira, é outro passo nos planos presidenciais do PSB, embora seja tratada no partido como mais uma iniciativa de debater os principais temas nacionais.
Ontem, ao discursar na abertura da oficina, Campos disse que seu partido tem a "consciência de que não está tudo feito". "Ainda tem muita fábrica de desigualdade montada neste País, ainda muita exclusão, muito preconceito (...) É chegada a hora de aprofundar o debate, de pensar estrategicamente (...) Ao PSB não encanta um projeto de poder. Ao PSB encanta urn projeto de Nação onde o povo esteja colocado no centro do projeto", disse a cerca de 150 dirigentes e militantes partidários.
O empresariado se mostra interessado em ouvir o governador, que, por sua vez, procura se apresentar como alternativa fora do cenário PT-PMDB de um lado e PSDB do outro. "O governador Eduardo Campos se tornou uma referência de gestão. Desde que Lula antecipou as eleições, é evidente que, onde Eduardo vai, há uma curiosidade sobre a questão eleitoral", diz o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Os encontros com empresários -já foram dois em São Paulo e um no Rio - continuarão na próxima terça-feira, em Porto Alegre, na Federasul.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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