• Renda somou R$ 1.840 e ficou estável em relação ao primeiro trimestre de 2014, segundo Pnad Contínua, do IBGE
Clarice Spitz – O Globo
RIO - A taxa de desemprego no país no primeiro trimestre do ano subiu para 7,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. É a maior taxa desde o primeiro trimestre de 2013, quando foi de 8%. No primeiro trimestre do ano passado, ela tinha sido de 7,2%. No último trimestre de 2014, chegou a 6,5%. Em 2014, a taxa média de desemprego no país foi de 6,8% ante 7,1% de 2013.
Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange as regiões metropolitanas do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife, o desemprego no primeiro trimestre ficou em 5,8%. Os dados de março mostraram uma deterioração da renda do trabalho, com queda tanto nominal quanto real na renda frente ao mês anterior.
O objetivo do IBGE é substituir a PME pelo levantamento nacional, criado em 2012. A Pnad Contínua Trimestral pesquisa as informações sobre o mercado de trabalho em cerca de 3.500 municípios.
A renda ficou estável em relação ao primeiro trimestre de 2014 e somou R$ 1.840. Frente ao quarto trimestre de 2014, subiu 0,8% acima da inflação.
Por estados, o Rio Grande do Norte teve a maior taxa de desocupação no primeiro trimestre, com 11,5%. Santa Catarina, a menor: 3,9%. No Rio, foi de 6,5%, abaixo da média nacional. Em São Paulo, o desemprego atingiu 8,5%, a maior taxa do Sudeste.
Um terço dos estados apresentaram no primeiro trimestre do ano a maior taxa de desocupação, considerando todas os trimestres da pesquisa. Ao todo, 19 estados tiveram aumento da desocupação frente ao mesmo trimestre do ano passado, enquanto oito registraram queda nessa base de comparação.
— Há uma pressão maior sobre o mercado de trabalho, um aumento dos desocupados, uma geração menor de postos de trabalho e isso vai se refletir na taxa de desocupação — afirma Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.
Desemprego maior entre mulheres
O contingente de desempregados no país chegou a 7,9 milhões de pessoas. Já o de pessoas com carteira assinada avançou 0,5 ponto percentual frente ao mesmo período de 2014, para 78,2% do trabalhadores do setor privado. A população ocupada ficou em 92,023 milhões. Houve uma queda de 0,9% na comparação com o trimestre anterior e uma alta de 0,8% frente ao mesmo o período de 2014.
A taxa de desocupação subiu em todas as regiões, em relação ao primeiro trimestre de 2014. No primeiro trimestre de 2015, a região Nordeste foi a que apresentou a maior taxa de desocupação (9,6%) e a região Sul, a menor (5,1%). No Centro-Oeste, do primeiro trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, foi observada elevação de 1,5 ponto percentual na taxa de desocupação e nas regiões Norte e Sudeste, de 1 ponto percentual.
As análises apontaram diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres, comportamento verificado também nas cinco grandes regiões. No primeiro trimestre de 2014, a taxa ficou em 6,6% para os homens e 9,6% para as mulheres. Já entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, a taxa foi de 17,6%, patamar elevado em relação à taxa média total (7,9%), comportamento verificado tanto para o Brasil, quanto para as cinco regiões.
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