Presidente se declarou, em maio de 2014, contra mais tributos
Mayara Mendes e Bruno Góes - O Globo
Antes de o governo propor o retorno da cobrança da CPMF, a presidente Dilma Rousseff se posicionou, em várias oportunidades, de forma contrária ao aumento de impostos.
Em 2014, durante o ano eleitoral, ela prometeu fazer uma reforma fiscal e não elevar a carga tributária. Numa entrevista de maio daquele ano, Dilma foi categórica: “Não vai ter aumento de imposto”. As opiniões públicas expressadas pela petista agora contrastam com a iniciativa do Planalto de desenterrar a CPMF, extinta em 2007 após decisão da maioria no Senado.
Em 2011, Dilma disse, inclusive, ser contra a cobrança específica do imposto do cheque. Naquele ano, afirmou que a CPMF era “um engodo”. Agora, a tributação é vista pelos ministros Arthur Chioro (Saúde) e Nelson Barbosa (Planejamento) como uma solução para o governo fazer caixa e superar o déficit público.
Em setembro do ano passado, em debate presidencial promovido pelo portal UOL, Dilma destacou que o “cobertor é curto”. Segundo ela, há uma contradição quando se quer aumentar tarifas e impostos e, “ao mesmo tempo, defender políticas sociais”.
Em junho deste ano, respaldado por Dilma, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a descartar publicamente a volta da CPMF. Segundo ele, não havia “perspectiva” para o retorno da cobrança.
Na ocasião, Levy se posicionou para rebater a fala de Arthur Chioro no 5º Congresso do PT, em Salvador. O ministro disse aos petistas que vinha negociado com governadores a criação de um novo tributo.
• “Não vai ter aumento de imposto. Passamos três anos reduzindo impostos”
Dilma em 07/05/2014 Desautorizando o ministro Guido Mantega, que falara em aumento de impostos
• “Eu sou contra a CPMF. (…) Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da Saúde, não para a Saúde”
Dilma em 11/09/2011
Em entrevista ao “Fantástico
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