O Estado de S. Paulo
Inflação, políticas monetárias e tensões geopolíticas são riscos que podem influenciar projeções
Todo final fazemos um balanço do ano que se
vai e ficamos na esperança de que o novo traga novos ventos com coisas muito
boas e que muitas de nossas mazelas sejam resolvidas. Faz parte dessas
expectativas o comportamento da economia. Para nós, brasileiros, que nunca
tivemos uma vida econômica tranquila, o ano termina com grandes incertezas, e
olhando para o exterior não vemos um céu de brigadeiro.
O ambiente internacional também apresenta incertezas trazidas pela nova gestão Trump. Aparentemente, há consenso de que os economistas erraram ao prever que o mercado internacional estaria a caminho da recessão, a economia continuou crescendo; e a inflação, caindo. Tanto que. na semana passada. o Fed reduziu os juros dos EUA em 0,25 ponto porcentual, para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, a terceira queda seguida.
Os principais bancos centrais estão cortando
juros na busca de crescimento e de preservar o soft landing das economias. As
instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
Banco Mundial mantêm as suas previsões, indicando crescimento global moderado
para 2024 e 2025.
Mais especificamente no mercado de capitais
em 2024, as ações globais atingiram suas marcas históricas, graças à
inteligência artificial e à recuperação econômica. O ambiente traz expectativas
positivas. No entanto, fatores como inflação, políticas monetárias e tensões
geopolíticas continuam a representar riscos que podem influenciar essas
projeções. Matéria recémpublicada da Euro News traz cinco fatores que podem
moldar o mercado em 2025.
O primeiro é a dívida soberana das principais
economias, que continua a crescer e pode colocar em risco o crescimento
econômico. Nos EUA a situação deve ser piorada por políticas a serem
implantadas por Trump.
Segundo fator, o desenvolvimento comercial
deve ser afetado, possíveis tensões comerciais entre os EUA e a China podem
causar interrupções nas cadeias de suprimentos globais.
Terceiro aspecto, as tarifas prometidas pelo
novo governo norte-americano devem reduzir o déficit e provocar que menos
dólares saiam daquele mercado.
Menor liquidez internacional de dólares
fortalece a moeda e aumenta o custo do serviço da dívida dos países emergentes
que frequentemente tomam empréstimos nessa moeda.
O quarto fator é o aumento de fusões e
aquisições, criando oportunidades para investidores.
O quinto fator no mercado de ações em relação
aos chamados Magnificent Seven, compostos por Alphabet, Amazon, Apple, Meta,
Microsoft, Nvidia e Tesla que ganharam muito dinheiro neste ano. No entanto,
eles podem não manter o nível de entusiasmo no ano-novo.
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