DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Em pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, governador de São Paulo sobe e atinge 36% das intenções de voto, contra 27% da adversária
Daniel Bramatti
Na primeira pesquisa feita após assumir que é candidato à Presidência, o tucano José Serra ampliou de quatro para nove pontos porcentuais a vantagem sobre a petista Dilma Rousseff.
Em um mês, as intenções de voto no governador de São Paulo subiram de 32% para 36%, em um cenário que inclui ainda Ciro Gomes (11%) e Marina Silva (8%), segundo os números do instituto Datafolha. Já o índice de preferências pela ministra da Casa Civil parou de subir - passou de 28% para 27%.
O levantamento foi feito entre os dias 25 e 26 de março. Na semana anterior, em entrevista de grande repercussão no programa de José Luiz Datena, na TV Bandeirandes, Serra falou como candidato. Confirmou, por exemplo, a saída do cargo de governador "no começo de abril". Disse ainda que a escolha de seu companheiro de chapa seria feita "no fim de maio, junho".
Na divisão do eleitorado por regiões, foi o Sul o principal responsável pela ascensão do governador paulista. Lá, ele subiu de 38% para 48%, enquanto Dilma caiu de 24% para 20%. No Nordeste, única região em que a petista lidera, sua vantagem caiu de 14 para 10 pontos.
O grande trunfo de Serra em relação a Dilma ainda é o eleitorado feminino. Entre as mulheres, ele lidera com 15 pontos de vantagem (37% a 22%), seis a mais do que em fevereiro. Entre os homens, o tucano está apenas três pontos acima da adversária (35% a 32%). No eleitorado de renda mais baixa, que recebe até dois salários mínimos, Serra também avançou. Saiu de uma situação de empate técnico para uma vantagem de nove pontos porcentuais (35% a 26%).
A pesquisa espontânea, na qual os entrevistados citam suas preferências antes de ver um cartão com a lista de candidatos, confirma a tendência de redução da parcela do eleitorado que cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como opção de voto.
Lula - que não pode se reeleger - tinha 20% das preferências em dezembro, caiu para 10% em fevereiro e oscilou para 8% em março. Dilma, na espontânea, aparece com 12%, à frente de Serra, com 8%.
Segundo o Datafolha, 14% dos eleitores dizem querer votar no candidato apoiado por Lula, mas ignoram que Dilma cumpre esse requisito.
Repercussão. José Serra não quis se manifestar sobre o levantamento. "Não vou ficar comentando cada pesquisa. Pesquisa é uma coisa que vai e vem."
Ao comentar os números, Marina Silva acusou Dilma e Serra de usar suas estruturas de governo para se promover. "Há desequilíbrio na divulgação. A Justiça já disse que a máquina está sendo utilizada."
Líderes tucanos comemoraram a pesquisa. "É fantasia do PT achar que as coisas estavam todas resolvidas para o lado da Dilma", disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
"A pesquisa é muito positiva para nossa campanha porque desmistifica a ideia de que havia uma tendência de queda de Serra e de um crescimento de Dilma", disse o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos coordenadores da campanha presidencial tucana.
Governistas também avaliaram como "positiva" a pesquisa Datafolha. Na opinião do deputado José Genoino (PT-SP), os números mostram que o nome de Dilma está consolidado entre o eleitorado. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), destacou o "potencial de crescimento" da ministra revelado pela pesquisa espontânea.
Colaboraram Eugenia Lopes e Rafael Moraes Moura
Em pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, governador de São Paulo sobe e atinge 36% das intenções de voto, contra 27% da adversária
Daniel Bramatti
Na primeira pesquisa feita após assumir que é candidato à Presidência, o tucano José Serra ampliou de quatro para nove pontos porcentuais a vantagem sobre a petista Dilma Rousseff.
Em um mês, as intenções de voto no governador de São Paulo subiram de 32% para 36%, em um cenário que inclui ainda Ciro Gomes (11%) e Marina Silva (8%), segundo os números do instituto Datafolha. Já o índice de preferências pela ministra da Casa Civil parou de subir - passou de 28% para 27%.
O levantamento foi feito entre os dias 25 e 26 de março. Na semana anterior, em entrevista de grande repercussão no programa de José Luiz Datena, na TV Bandeirandes, Serra falou como candidato. Confirmou, por exemplo, a saída do cargo de governador "no começo de abril". Disse ainda que a escolha de seu companheiro de chapa seria feita "no fim de maio, junho".
Na divisão do eleitorado por regiões, foi o Sul o principal responsável pela ascensão do governador paulista. Lá, ele subiu de 38% para 48%, enquanto Dilma caiu de 24% para 20%. No Nordeste, única região em que a petista lidera, sua vantagem caiu de 14 para 10 pontos.
O grande trunfo de Serra em relação a Dilma ainda é o eleitorado feminino. Entre as mulheres, ele lidera com 15 pontos de vantagem (37% a 22%), seis a mais do que em fevereiro. Entre os homens, o tucano está apenas três pontos acima da adversária (35% a 32%). No eleitorado de renda mais baixa, que recebe até dois salários mínimos, Serra também avançou. Saiu de uma situação de empate técnico para uma vantagem de nove pontos porcentuais (35% a 26%).
A pesquisa espontânea, na qual os entrevistados citam suas preferências antes de ver um cartão com a lista de candidatos, confirma a tendência de redução da parcela do eleitorado que cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como opção de voto.
Lula - que não pode se reeleger - tinha 20% das preferências em dezembro, caiu para 10% em fevereiro e oscilou para 8% em março. Dilma, na espontânea, aparece com 12%, à frente de Serra, com 8%.
Segundo o Datafolha, 14% dos eleitores dizem querer votar no candidato apoiado por Lula, mas ignoram que Dilma cumpre esse requisito.
Repercussão. José Serra não quis se manifestar sobre o levantamento. "Não vou ficar comentando cada pesquisa. Pesquisa é uma coisa que vai e vem."
Ao comentar os números, Marina Silva acusou Dilma e Serra de usar suas estruturas de governo para se promover. "Há desequilíbrio na divulgação. A Justiça já disse que a máquina está sendo utilizada."
Líderes tucanos comemoraram a pesquisa. "É fantasia do PT achar que as coisas estavam todas resolvidas para o lado da Dilma", disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
"A pesquisa é muito positiva para nossa campanha porque desmistifica a ideia de que havia uma tendência de queda de Serra e de um crescimento de Dilma", disse o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos coordenadores da campanha presidencial tucana.
Governistas também avaliaram como "positiva" a pesquisa Datafolha. Na opinião do deputado José Genoino (PT-SP), os números mostram que o nome de Dilma está consolidado entre o eleitorado. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), destacou o "potencial de crescimento" da ministra revelado pela pesquisa espontânea.
Colaboraram Eugenia Lopes e Rafael Moraes Moura
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