DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Juscelino Souza
Um discurso improvisado no teto de uma picape, no centro comercial da cidade, marcou a passagem de José Serra (PSDB) ontem por Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, a 509 km de Salvador. Recepcionado por uma multidão estimada em 5 mil pessoas, segundo a PM, e 8 mil, de acordo com os organizadores, Serra foi comedido, quando provocado pelos jornalistas sobre a falta de propostas para o País durante a campanha e a polêmica em torno do aborto.
Segundo ele, "os candidatos colocam propostas para o Brasil, mas as pessoas colocam perguntas e querem saber o que os candidatos pensam, como foi sua vida, o que eles querem e quais são seus valores. Isso não é uma pauta fixada pelos candidatos, mas sim pela população".
Em tom moderado, pontuando o discurso e medindo as palavras, disse estar pronto a falar tudo o que pensa. "Não tenho nada secreto. Tenho sido muito coerente. Não mudo de ideia de um dia para o outro. Quando a gente muda, chama muito a atenção, mas no meu caso nunca chamo porque minhas ideias são coerentes ao longo do tempo."
Projetos do PV. O candidato voltou a falar sobre o assédio político a Marina Silva, mas negou qualquer tipo de pressão para angariar apoio dos verdes. "Não estamos trabalhando no sentido de constranger, pressionar. Nada parecido. Sou contra porque os partidos, as lideranças como a Marina têm liberdade para decidir, sem qualquer espécie de constrangimento, de assédio, de insistência."
Ele afirmou, no entanto, que seu eventual governo deverá abraçar projetos do PV. "Vamos abraçar, sim, sem dúvida alguma. Basta lembrar que em São Paulo o PV esteve comigo, tanto na prefeitura quanto no governo do Estado."
Ao som de charanga e num mar de bandeiras de campanha, o público, que se espremeu entre árvores e carros, foi ao delírio quando Serra empunhou o microfone e fez um jogo de palavras. "Em primeiro lugar quero dizer que vou começar uma luta para mudar o nome da cidade porque aqui começa a conquista da vitória e ela vai abrir outra ainda maior, nos fazendo presidente", citou.
O candidato havia prometido estar na cidade em setembro, no curso do primeiro turno, mas mudou de planos e deixou brecha para que Marina conhecesse de perto o eleitorado que viera lhe conferir 26.880 votos, equivalente a 18,67% dos válidos. Ainda assim Serra conseguiu superar a candidata petista no maior reduto eleitoral do partido no Estado, obtendo 59.420 votos (41,27% dos válidos), contra 56.780 (39,43%) conferidos a Dilma Rousseff. Na Bahia, além de Conquista, Serra só conseguiu frente em Tancredo Neves. O Estado tem 417 municípios.
Como gratidão, conforme deixou claro, não poupou promessas, embora utilizando outro termo. "Não faço promessa. Faço anúncio e aqui, nessa praça, anuncio que Vitória da Conquista pode esperar barragens, universidade federal, aeroporto, saneamento, esgoto, água tratada para indústria, agricultura e famílias."
Encravado no sudoeste baiano, numa área de semiárido conhecida como sertão da ressaca, o município de Vitória da Conquista, com mais de 310 mil habitantes, tem o segundo maior colégio eleitoral do interior (atrás apenas de Feira de Santana), com 205.076 eleitores aptos, distribuídos por três zonas, em 131 locais de votação e 594 seções.
Juscelino Souza
Um discurso improvisado no teto de uma picape, no centro comercial da cidade, marcou a passagem de José Serra (PSDB) ontem por Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, a 509 km de Salvador. Recepcionado por uma multidão estimada em 5 mil pessoas, segundo a PM, e 8 mil, de acordo com os organizadores, Serra foi comedido, quando provocado pelos jornalistas sobre a falta de propostas para o País durante a campanha e a polêmica em torno do aborto.
Segundo ele, "os candidatos colocam propostas para o Brasil, mas as pessoas colocam perguntas e querem saber o que os candidatos pensam, como foi sua vida, o que eles querem e quais são seus valores. Isso não é uma pauta fixada pelos candidatos, mas sim pela população".
Em tom moderado, pontuando o discurso e medindo as palavras, disse estar pronto a falar tudo o que pensa. "Não tenho nada secreto. Tenho sido muito coerente. Não mudo de ideia de um dia para o outro. Quando a gente muda, chama muito a atenção, mas no meu caso nunca chamo porque minhas ideias são coerentes ao longo do tempo."
Projetos do PV. O candidato voltou a falar sobre o assédio político a Marina Silva, mas negou qualquer tipo de pressão para angariar apoio dos verdes. "Não estamos trabalhando no sentido de constranger, pressionar. Nada parecido. Sou contra porque os partidos, as lideranças como a Marina têm liberdade para decidir, sem qualquer espécie de constrangimento, de assédio, de insistência."
Ele afirmou, no entanto, que seu eventual governo deverá abraçar projetos do PV. "Vamos abraçar, sim, sem dúvida alguma. Basta lembrar que em São Paulo o PV esteve comigo, tanto na prefeitura quanto no governo do Estado."
Ao som de charanga e num mar de bandeiras de campanha, o público, que se espremeu entre árvores e carros, foi ao delírio quando Serra empunhou o microfone e fez um jogo de palavras. "Em primeiro lugar quero dizer que vou começar uma luta para mudar o nome da cidade porque aqui começa a conquista da vitória e ela vai abrir outra ainda maior, nos fazendo presidente", citou.
O candidato havia prometido estar na cidade em setembro, no curso do primeiro turno, mas mudou de planos e deixou brecha para que Marina conhecesse de perto o eleitorado que viera lhe conferir 26.880 votos, equivalente a 18,67% dos válidos. Ainda assim Serra conseguiu superar a candidata petista no maior reduto eleitoral do partido no Estado, obtendo 59.420 votos (41,27% dos válidos), contra 56.780 (39,43%) conferidos a Dilma Rousseff. Na Bahia, além de Conquista, Serra só conseguiu frente em Tancredo Neves. O Estado tem 417 municípios.
Como gratidão, conforme deixou claro, não poupou promessas, embora utilizando outro termo. "Não faço promessa. Faço anúncio e aqui, nessa praça, anuncio que Vitória da Conquista pode esperar barragens, universidade federal, aeroporto, saneamento, esgoto, água tratada para indústria, agricultura e famílias."
Encravado no sudoeste baiano, numa área de semiárido conhecida como sertão da ressaca, o município de Vitória da Conquista, com mais de 310 mil habitantes, tem o segundo maior colégio eleitoral do interior (atrás apenas de Feira de Santana), com 205.076 eleitores aptos, distribuídos por três zonas, em 131 locais de votação e 594 seções.
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