Confronto em SP busca votos de antipetistas e de eleitores tradicionais
Thiago Herdy
SÃO PAULO - Com a liderança de Celso Russomanno (PRB) inabalada a duas
semanas das eleições, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) partiram para a
canelada e iniciaram o vale-tudo pela outra vaga no segundo turno da disputa
pela prefeitura de São Paulo.
O clima esquenta com Serra buscando garantir o voto antiPT na cidade,
público que os petistas estimam em torno de 30% do eleitorado. Haddad corre
atrás do eleitorado tradicional do partido, cerca de um terço dos eleitores.
O discurso da coordenação das duas campanhas é afinado quando o tema é
Russomanno, dono de 35% dos votos, segundo o último levantamento do Datafolha:
insistem que alguém precisará bater no primeiro colocado nas pesquisas para
conseguir ir ao segundo turno. A análise leva em conta os votos roubados pelo
político do PRB de tradicionais redutos do PT e do PSDB. Mas, enquanto nenhum
dos lados levanta a espada contra Russomanno, os golpes certos dos próximos
dias serão contra o adversário de sempre.
Munição petista contra Serra guardada para o fim da campanha está pronta
para vir à tona. Os temas preferidos da coordenação de Haddad envolvem Paulo
Preto, ex-diretor da Empresa de Desenvolvimento Rodoviário S.A do Estado de São
Paulo (Dersa) e apontado por petistas como arrecadador informal da campanha de
Serra à presidência em 2010; e o caso de Hussein Aref, ex-diretor do
Departamento de Aprovação das Edificações de São Paulo suspeito de
enriquecimento ilícito.
Aref foi nomeado na gestão de Serra na prefeitura e deixou a administração
do prefeito Gilberto Kassab (PSD) neste ano.
- São muitos os temas para colocarmos na mesa. O que segura o Serra é uma
âncora chamada Kassab. Vamos mostrar que o projeto político Serra-Kassab é um
só - afirma um dos coordenadores petistas, citando o índice de rejeição do
atual prefeito, de 44% dos eleitores, de acordo com o Datafolha.
FONTE: O GLOBO
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