Governador do Estado também providencia transporte grátis para protesto
marcado para as 14h no centro do Rio
Lucas Vettorazzo e Denise Luna
RIO -Em busca de apoio popular para sensibilizar a presidente Dilma Rousseff
a vetar a lei que redistribui royalties, o governador do Estado do Rio, Sérgio
Cabral, não poupou esforços para turbinar a passeata, marcada para hoje, em
protesto contra e retira recursos de Estados produtores de petróleo.
Cabral concedeu ponto facultativo a funcionários públicos (a fim de que eles
reforcem o evento) e pediu apoio de concessionárias do Estado, que liberaram
passagens gratuitas em trens, metrô e barcas para quem for à manifestação.
Prefeituras e o governo fretaram ônibus para levar moradores do interior (em
especial do norte fluminense, região produtora de petróleo) ao ato de protesto,
marcado para as 14h.
Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Rio, o Estado perderá R$
77,3 bilhões até 2020 com a mudança. No ano que vem, o impacto negativo na
receita será de R$ 3,4 bilhões.
A Folha apurou que cerca de cem policiais que trabalham no Palácio Guanabara
foram orientados a usar a camiseta do evento e acompanhar a passeata. A
recomendação foi repassada a quartéis e batalhões, mas dependerá de cada
comandante definir a participação.
Na CCR Barcas, responsável pelo transporte entre Rio e Niterói, a informação
é que a liberação das passagens ocorreu após uma reunião promovida pelo Estado.
No ano passado, segundo a CCR, o mesmo esquema foi montado para outra
passeata contra a mudança dos royalties. Passaram pelas roletas das barcas
1.700 pessoas.
A concessionária Metrô Rio afirmou que apoia o movimento "Veta Dilma -
Contra a Injustiça", pelo Estado do Rio, dando bilhetes aos participantes
do evento.
Os ônibus, que são concessão do município, não vão liberar as passagens, mas
mil ônibus serão liberados como forma de apoio.
Ônibus partirão também de bairros distantes do Rio em direção ao centro da
cidade.
Para a realização do ato, será fechada a principal via que corta o centro da
cidade, a avenida Rio Branco. A concentração será na Candelária e a marcha irá
até a Cinelândia, onde um palco foi montado.
Às 18h, será lido um manifesto contra a mudança dos royalties. Estão
previstas apresentações de Preta Gil, Belo e do funkeiro Naldo. São esperados
ainda Xuxa e os atores Herson Capri e Marcos Frota. Não estão previstos
discursos de políticos.
Em 2010, Cabral organizou um manifesto contra a emenda Ibsen -depois vetada
por Lula-, que redistribuiria de modo igualitário os royalties a todos os
municípios. O ato reuniu 150 mil pessoas.
Fonte: Folha de S. Paulo
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