Condenado pelo julgamento do mensalão, ex-ministro está em regime semiaberto
BRASÍLIA — O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para trabalhar durante o dia no Hotel Saint Peter, em Brasília. A informação foi confirmada, à noite, pelo advogado de Dirceu, José Luís de Oliveira Lima. Não foi esclarecido o trabalho que o ex-ministro fará no hotel, se o ministro Joaquim Barbosa concordar com o pedido.
Oliveira Lima disse que nesta terça-feira formulará o mesmo pedido à Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que recebeu delegação do STF para tomar as medidas necessárias ao cumprimento das penas dos condenados no processo do mensalão. O Saint Peter fica no Setor Hoteleiro Sul, na região central de Brasília, próximo da Esplanada dos Ministérios, do Palácio do Planalto e do Congresso.
Outros pedidos
O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), condenado no mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, entrou nesta segunda-feira no Supremo com pedido para começar a cumprir a pena em regime aberto, com prestação de serviço à comunidade como médico. Corrêa foi condenado a sete anos e dois meses e ainda não teve ordem de prisão decretada. A decisão caberá ao relator do processo e presidente do tribunal, Joaquim Barbosa.
O publicitário Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério, o operador do mensalão, pediu transferência para um presídio de Minas Gerais. Porém, logo depois protocolou outra petição para permanecer em Brasília. “Após reflexão do requerente, em conjunto com sua família e, sobretudo diante da constatação de que o mesmo se encontra recolhido em local seguro, conclui-se que que a melhor alternativa a melhor alternativa é sua permanência na capital federal”, escreveu o advogado Castellar Neto, em petição protocolada.
Valério também pretendia pedir transferência para um presídio em Minas, mas, segundo o advogado Marcelo Leonardo, ainda não há decisão final sobre o assunto.
— Isso ainda não está definido — disse o advogado.
O ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas pediu licença para trabalhar, fazer curso de fisioterapia e visitar familiares. A banqueira Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, e Simone Vasconcelos, ex-diretora administrativa de uma das empresas de Valério, pediram transferência para presídios de Minas. Querem cumprir pena próximos à residência dos familiares, em Belo Horizonte.
Barbosa autorizou, em caráter temporário, o deputado José Genoino (PT-SP) a cumprir pena em prisão domiciliar ou hospitalar. Porém, o ministro, relator do mensalão, só deverá decidir em caráter definitivo após receber laudo da junta médica da Universidade de Brasília e do Hospital Universitário sobre a saúde do deputado.
Fonte: O Globo
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